26/08/2025 — 22:33
  (Horário de Brasília)

Prefeitura de Cabo Frio realiza retirada de algas mortas na Praia das Palmeiras

Parceria entre Secretaria de Meio Ambiente e Comsercaf busca mitigar impactos ambientais na Lagoa de Araruama

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Com o objetivo de preservar o meio ambiente, a Prefeitura de Cabo Frio realizou, nesta terça-feira (26), uma operação de retirada de algas mortas acumuladas na margem da Lagoa de Araruama, na Praia das Palmeiras. O trabalho é fruto de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Saneamento e Clima e a Companhia de Serviços de Cabo Frio (Comsercaf) com a proposta de reduzir os impactos ambientais e evitar o mau cheiro, resultado da decomposição de matéria orgânica.

Segundo o secretário de Meio Ambiente, Saneamento e Clima, Jailton Nogueira, o acúmulo das algas está relacionado à intensificação sazonal de nutrientes no ambiente aquático, que favorece o crescimento rápido desses organismos.

“A presença dessa matéria orgânica é resultado de um processo natural chamado de eutrofização, que é quando a lagoa recebe uma grande quantidade de nutrientes, servindo como um adubo para algas e plantas aquáticas. Elas crescem rapidamente, morrem e acabam se acumulando na margem e no fundo da lagoa, formando uma lama. Por isso, ao removermos esse material, evitamos a turvação da água, o mau cheiro e os impactos sobre peixes e outros organismos, preservando o equilíbrio ecológico local”, explicou.

A ação ocorre mediante autorização ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Clima e Saneamento, em conformidade com a Portaria n° 1633/2025, Resolução INEA n° 295/2024 e Resolução CONEMA n° 95/2022. O secretário reforçou que a operação incide exclusivamente sobre algas mortas, identificáveis por sua coloração amarelada, acastanhada ou escura, textura viscosa, além de seu acúmulo na borda ou no fundo da lagoa.

“Esse material já perdeu a capacidade de realizar fotossíntese e não integra mais o ciclo ativo do ecossistema, diferentemente das algas vivas, que apresentam coloração verde intensa e permanecem distribuídas na água. Ao focar apenas nesse material, não interferimos na dinâmica natural da lagoa e, ao mesmo tempo, prevenimos a formação de sedimentos orgânicos em excesso. O monitoramento da lagoa é constante e essa retirada seletiva será repetida sempre que necessário para preservar a qualidade ambiental da lagoa e o bem-estar da população”, destacou Jailton.

A operação contou com a participação de cerca de 20 colaboradores da Comsercaf, que atuaram com auxílio de retroescavadeira e caminhão para coleta, transporte e destinação adequada do material. O diretor da Comsercaf, Anderson Torres, informou que a equipe retornará à orla na sexta-feira (29) para dar continuidade aos trabalhos. A expectativa é de que sejam retiradas cerca de duas toneladas de algas mortas apenas nesta primeira etapa.

“Nós, da Comsercaf, estamos sempre dispostos a colaborar com as ações e essa parceria com a Secretaria de Meio Ambiente foi fundamental, porque é ela que nos dá a orientação técnica, garantindo que o trabalho seja feito de forma adequada e em conformidade com as normas ambientais. O objetivo é evitar que o acúmulo desse resíduo cause mau cheiro e transtornos à orla das Palmeiras, que é um dos principais espaços de lazer e prática de atividade física do município”, ressaltou.

Fotos: Mari Ricci/SECOM

Sabrina Sá
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