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CADÊ O DINHEIRO?/ Quase um ano depois de ‘calote’ Spartacus continua devendo clientes

Ao ser cobrado, ex-capitão da PM Diogo Souza declara que investidora “quer se fazer de vítima da própria ganância”

Quase um ano depois da interrupção dos repasses mensais aos clientes que confiaram suas economias sob a garantia de rendimento mensal de 14%, mediante a supostas transações com criptomoedas, a Spartacus Consultoria segue devendo diversos investidores de Cabo Frio.

Mesmo depois da pressão das pessoas que foram lesadas, a empresa que pertence ao ex-capitão da PM Diogo Souza da Silveira, ainda não pagou ninguém. Nem reunião para dar novos prazos o empresário realiza mais, justificando apenas que “não tem dinheiro”, de acordo com testemunhas.

Esses prazos começaram a ser dados em setembro de 2021, no começo da crise da Spartacus. Eles tinham como planejamento a devolução dos investimentos por “problemas administrativos” em outubro. Após diversas promessas e justificativas, o empresário afirmou em uma reunião realizada no final do mesmo mês, que iria iniciar a devolução do capital pagando o percentual de 5% sobre o que foi investido de forma parcelada. A devolução foi programada para ter início no início de novembro, mas não foi realizada até a presente data.

Ao ser cobrado, ele ainda ataca e ofende os clientes. Uma das investidoras teve que ler que ela estava se fazendo de “vítima da própria ganância” ao questionar sobre o dinheiro ao ex-militar. Em um comentário em uma rede social, ele ainda declarou “Se apegue a sua frustração pra justificar sua perda ao invés de tentar mudar isso por você mesma. A responsabilidade de ter aplicado é exclusivamente sua, pois como falei, nunca te vi, nunca te ofereci e muito menos convenci a nada! Então menos sensacionalismo e vitimismo por favor!” (sic).

Um perfil que foi criado para cobrar a devolução do dinheiro por parte da Spartacus, a “Spartacus Golpista” também voltou a publicar no Instagram. A conta relembra o golpe e provoca um boicote ao bar e restaurante Buda Beach, que é de propriedade do empresário em sociedade com o deputado estadual bolsonarista Filipe Poubel.

A boate, aliás, já foi utilizada por Diogo para atividades relativas à Spartacus. No começo de outubro, ainda nos primeiros momentos da crise envolvendo a empresa, o capitão convocou clientes a comparecerem ao estabelecimento para dar o pontapé inicial no processo de ressarcimento. Esse mesmo bar foi alvo de alguns protestos em que os investidores lesados levaram faixas com a frase “CAPITÃO DIOGO, CADÊ NOSSO DINHEIRO?” em letras garrafais e usaram um megafone para chamar o ex-militar de ladrão.

Questionado sobre os prazos não cumpridos e sobre os 36 processos contra a Spartacus, Diogo Souza afirmou ao Portal RC24h que está ciente das ações e acredita que são justas.

“Sou defensor da legalidade e os que agem dentro da lei tem o meu respeito. Sobre qualquer ação criminal sempre estive a disposição da justiça, inclusive me mantendo na cidade como poucos”, disse o empresário.

Ele disse ainda que não tem nem 0,02% de ações, o que, para ele, demonstra a esperança da grande maioria.

“É nisso que me apego para seguir trabalhando para minimizar as perdas de todos! Satisfeito com certeza ninguém está, não tem como! Agora esperança já é outra coisa”, completou.

Entenda o caso

Inicialmente a empresa prometia 14% de rendimentos, oriundos de trades de criptomoedas. A primeira quebra de contrato veio com o anúncio da redução do lucro para apenas 5%. Depois disso, a empresa anunciou o encerramento das atividades com a promessa de devolução do capital investido.

Preocupados com a demora no retorno e com o possível ‘calote’ da Spartacus, centenas de investidores prejudicados se reuniram por meio de grupos nas redes sociais trocando informações sobre o atraso nos pagamentos e cobrando respostas.

Após diversas promessas e justificativas, o empresário afirmou em uma reunião realizada no final de outubro, que iria iniciar a devolução do capital pagando o percentual de 5% sobre o que foi investido de forma parcelada.

O caso se tornou ainda mais polêmico pela proximidade do empresário com o Deputado Filippe Poubel. Acusado de também fazer parte da consultoria, o parlamentar que é sócio de Diogo no restaurante Buda Lounge, esclareceu que não faz parte de nenhuma sociedade de criptomoedas.

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