Uma sessão extraordinária da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) nesta quarta-feira (5) gerou muita polêmica entre os militares estaduais. É que os deputados, inclusive bolsonaristas, mantiveram o veto parcial do governador Cláudio Castro (PL) ao Projeto de Lei que cria um sistema de proteção social para militares.
Deputados estaduais licenciados que ocupam secretarias no Governo do Estado, inclusive, voltaram a Alerj para votar a favor da decisão de Castro.
É o caso de Dr. Serginho, de Ciência, Tecnologia e Inovação, Gustavo Tutuca, de Turismo, Rodrigo Bacellar, de Governo, Thiago Pampolha, de Meio Ambiente, Leo Vieira, de Defesa do Consumidor, e Max Lemos, de Obras e Infraestrutura.
Nas redes sociais, os seis têm sido chamados de traidores por policiais e bombeiros em postagens que dizem que eles “votaram contra os militares estaduais”.
“Claro que não é verdade que votei contra policiais”, disse Dr. Serginho à coluna Boca Miúda desta quarta-feira (5).
O deputado estadual licenciado disse que “o PL aprovado consegue de imediato de 35% a 40% de aumento efetivo para toda a força policial e corpo de bombeiros, já para a folha de fevereiro”.
“O governador é quem tem a competência pra avaliar a capacidade financeira do estado, com sua equipe técnica, e ele fez essa progressão. Além do aumento de 40% para os policiais, eles já vão receber esse aumento no salário agora de fevereiro, ele escalonou essa gratificação em cinco anos para atingir aquilo que eles estavam lutando, que era o aumento de 150%”, ponderou o titular da SECTI.
De acordo com Serginho, o governo vai fazer análise de equilíbrio econômico financeiro orçamentário na segunda-feira (10).
“Nós teremos reunião junto com a categoria do corpo de forças de segurança do estado para ver se nós conseguimos antecipar esses 150% que eles almejam. Mas isso vai depender de uma análise da equipe financeira do estado e do acordo que vai ser feito com os servidores”, informou Serginho.
“Não há nenhuma votação absolutamente contrária às forças de segurança, o que há é a responsabilidade de se votar nos aumentos de despeja do estado com equilíbrio, para que não aconteça o que aconteceu em anos anteriores que se deu aumento e servidores ficaram com meses de atraso de pagamento, o que não vai acontecer nesse governo”, finalizou o deputado licenciado.