Um grupo de turistas de Minas Gerais se uniu depois de cair em mais um golpe de aluguel falso em Cabo Frio. Após negociarem reservas em um hostel para passar o réveillon na cidade, as vítimas tiveram suas estadias canceladas pela administração do local, que não devolveu o valor depositado como sinal, causando prejuízos de mais de mil reais.
Uma das vítimas foi Ingred Guimarães, de Belo Horizonte. Ela estava planejando passar a virada do ano com o namorado e mais dois amigos no município e encontrou o anúncio do Hostel “Rota do Forte” na plataforma de reservas ‘Booking’. A belorizontina optou por negociar com a proprietária pelo whastapp e, para garantir a reserva, o grupo realizou um depósito no valor de R$ 660 reais, o restante seria pago na chegada ao local. Os comprovantes de depósito foram encaminhados para a mulher que se dizia responsável pela locação, a qual afirmou à vítima que estava tudo certo para a sua estadia.
Faltando dois dias para a viagem, no dia 28 de dezembro, Ingred conta que recebeu uma mensagem da suposta proprietária, identificada como Carolina Souza da Silva, cancelando a reserva por conta de um lockdown na cidade. Carolina prometeu devolver o dinheiro, e chegou a mandar um comprovante de depósito, mas o valor nunca retornou para a conta da vítima.
Vários outros turistas caíram no golpe do mesmo hostel e foram vítimas da estelionatária. Em todos o modus operandi foi o mesmo, Carolina utilizou a desculpa do Lockdown para cancelar diversas reservas para o mesmo período e não devolveu o dinheiro dos hóspedes.
Nathália Santos também denuncia ter sido vítima de Carolina. Ela chegou a depositar mil reais para reservar as diárias no hostel. Na ocasião, Carolina fez uma chamada de vídeo mostrando o local, para conquistar a confiança da mineira. No dia 28, ela enviou a mesma mensagem cancelando a reserva e chegou a mandar um comprovante de depósito através de DOC, mas o dinheiro nunca chegou na conta da vítima.
“Eu fui achando um monte de gente que ela fez sacanagem, comigo foi mil reais, mas tem gente que foi onze mil reais”, conta Nathália.
Já Priscila Ferreira, afirma que tinha uma reserva com Carolina para o dia 3 de janeiro, chegou a ir até o local, mas de acordo com o relato, não funcionava nenhum hostel no endereço.
“Fui no lugar, na porta e não tinha nada. Era um lugar vazio e abandonado”, conta a turista que teve que conseguir outra estadia às pressas.
As vítimas registraram Boletim de Ocorrência e descobriram que Carolina já responde outros processos por estelionato e um por apropriação indébita.
“Como ela deu o golpe em várias pessoas, com certeza deve estar dando em muitas outras por aí também. Por isso temos que divulgar, para ninguém cair mais no golpe dessa mulher”, completa Ingred.
Em resposta ao Portal RC24h, a acusada afirmou que não houve golpe algum, mas só passa informações sobre esse caso na presença do advogado. Nos colocamos à disposição para veicular a resposta e atualizar a matéria, caso ela decida se pronunciar.
Principalmente em períodos de alta temporada em cidades turísticas, esse tipo de crime é comum. A Associação Brasileira de Administradora de Imóveis (Abadi) tem dicas para não cair nesse golpe.
– Procure saber se está lidando com uma imobiliária ou corretores credenciados;
– Desconfie se o aluguel for cobrado antes de o locador fazer o contrato – isso é proibido por lei;
– Confira se o dono do local é o proprietário; através de documentação como IPTU, contas de água e luz ou RGI;
– Desconfie de valores muito abaixo do mercado.