Alunos da Firjan SENAI SESI de São Pedro da Aldeia, estão entre os vencedores do prêmio Hack e Ética – Grand Prix de Soluções Éticas. Eles se destacaram com uma solução inovadora, nomeada de TelEthica.ia, que utiliza inteligência artificial avançada para identificar e monitorar discursos de ódio, discriminação e preconceito em ligações telefônicas entre clientes e funcionários. A segunda edição do evento também premiou equipes das unidades Firjan SENAI SESI São Gonçalo e Jacarepaguá.
Realizado pelo Firjan SENAI SESI, em parceria com o Eticalizando e apoio do escritório Prado Vidigal, o evento é uma Jornada de Inteligência Artificial. Nesta edição, a premiação foi realizada na última sexta-feira (8), no auditório da Firjan SENAI SESI Tijuca, e reconheceu trabalhos voltados para otimizar custos e trabalho humano, detectar discriminação e discurso de ódio em interações com clientes e eliminar a barreira de comunicação com tradução de libras.
O Hack e Ética visa aprofundar o entendimento sobre o uso ético das inteligências artificiais, além de sensibilizar e capacitar a comunidade escolar da Firjan SENAI SESI para o desenvolvimento e a consolidação de uma cultura ética. Os cinco alunos da escola da Região dos Lagos: Danilo Santos Nascimento; Eduarda Porto Garcia; Kethelen Ferreira Ramos; Millena de Souza Lage; e Pietro da Silva Fonseca, representaram a equipe Squad SENAI, orientados pela pedagoga Marcelle Brito e instrutores Danilo Vieira e Celso Brasil. Ao todo, 1.481 alunos formaram 353 equipes.
Ao destacar a grandiosidade do trabalho realizado por alunos e professores das escolas Firjan SENAI SESI e pelas áreas de Compliance e Jurídica da Firjan, Alexandre dos Reis, diretor executivo da Firjan SENAI SESI, evidenciou a importância do tema.
“A ética tem valor inegociável. Inegociável na nossa vida pessoal, na nossa vida profissional, na reputação das nossas empresas. Cada vez mais essa questão da ética precisa ser praticada, é um comportamento que precisa ser sempre lembrado e ser inegociável”, reforçou o diretor.
Gisela Gadelha, diretora Jurídica e de Compliance da Firjan, uma das responsáveis pela criação do projeto, lembrou que muitos dilemas no nosso dia a dia têm a ver com ética, e citou que entre eles está o uso da IA.
“Todo ano renovamos novos valores na Firjan e a ética é sempre o primeiro valor, como não poderia deixar de ser.Por isso, que todo ano tentamos trazer alguma abordagem relacionada à integridade para reforçar os valores da Firjan para nossos alunos, porque, se é valor tão importante para a instituição, precisamos levá-lo para todas as pessoas com quem interagimos no nosso dia a dia”, observou Gisela.
Em um auditório lotado do início ao fim da cerimônia, os alunos levaram projetos com soluções práticas, utilizando a IA, para dores reais e atuais da indústria. Nesse contexto, Vinicius Cardoso, diretor de Educação e Cultura da FIRJAN, afirmou que essa é uma das iniciativas mais importantes criada pela federação nos últimos anos.
“Essa já é uma atividade quase curricular em nossas escolas e de grande sucesso. Ninguém mais duvida da importância de nos prepararmos para os dilemas éticos, de entendê-los, estudá-los e discuti-los, porque de fato não são óbvios, como disse Tatau Hencsey, fundador e criador da Eticalizando, no evento do ano passado”, ressaltou Cardoso.
Projetos vencedores das unidades da Firjan SENAI SESI São Gonçalo e Jacarepaguá
A Tecnológya do SESI e SENAI SAGA SENAI de Inovação, de São Gonçalo, composta por Ana Clara Lanes Moura; Bruno Tavares dos Santos; Caroline da Silva Pimentel; João Pedro da Silva Guimarães; e Lucas Joe Felix dos Santos Abreu, criou o Energy.IA. O aplicativo integrado a um sistema IoT monitora em tempo real o uso de equipamentos e computadores da indústria visando uma melhora na eficiência da gestão energética, otimizando custos e trabalho humano.
O grupo Inclus IA Saúde do SENAI, de Jacarepaguá, lançou o FalaAI, que integra IA e Libras de maneira simples e eficiente, oferecendo tradução simultânea de voz em Libras e tradução reversa de sinais para texto ou fala. Os autores são Amanda Ferraro e Silva; Carlos Eduardo Duarte de Oliveira; Emilaine Batista de França; Kethelly Victória Batista da Silva; e Laryssa Romão dos Santos de Souza.
Apoiadores do projeto
Antonio Carlos Hencsey, o Tatau, destacou que criou o projeto em parceria com a Firjan, no ano passado, porque acredita que “é na educação escolar, onde conseguimos construir raízes fortes, não só para o mercado de trabalho, mas também para a sociedade, onde se consegue propor mudanças. E os alunos mostram coisas incríveis, coisas que deixam no chinelo a escola particular, ou quem vai estudar fora. É muito emocionante de ver, muito mesmo”.
Na mesma linha, o apoiador Pedro Sanches, sócio do escritório Prado Vidigal Advogados, afirmou que “essa é uma iniciativa superbacana porque coloca nos alunos uma necessidade de encontrar soluções para desafios que não são mais teóricos, são reais. A inteligência artificial está aqui, é o nosso presente, não é mais exercício de futurologia. Essas soluções encontradas pelos alunos, em um momento tão essencial da formação deles, já coloca o tom de como deverá ser a interação deles com o novo mercado de trabalho”.