O Museu Regional do Sal Manoel Maria de Mattos, em São Pedro da Aldeia, consolida-se cada vez mais como um importante instrumento pedagógico e do turismo educativo. O espaço recebeu na quarta (28) e quinta-feira (29), semana em que comemora seu segundo aniversário, a visita de instituições de ensino públicas e privadas do município e também da cidade do Rio de Janeiro. Os alunos do ensino fundamental II receberam um tour guiado pelo museu e puderam aprender sobre a história do sal e da cultura salineira na Região dos Lagos.
O diretor do museu, Alexandre Martins, destacou o potencial educativo e pedagógico do espaço. “O Museu Regional do Sal é um espaço vocacionado para o público escolar, uma atraente extensão de sala de aula, onde, além da História Regional, podem-se abordar disciplinas como Química, Biologia e Geografia. Nestes dois anos de serviço, temos recebido estudantes de diversas cidades, diversas faixas etárias, inclusive alunos de graduação e pós-graduação, o que tem tornado o Museu do Sal uma referência cultural e pedagógica em nossa região. Guardamos uma história rica e a curiosidade e o interesse pelo conhecimento são combustíveis para o nosso trabalho”, falou.
Na quarta-feira (28), os alunos do sexto ano do Colégio Teresiano, da cidade do Rio de Janeiro, visitaram o Museu Regional do Sal acompanhados dos professores e receberam um tour guiado pelo espaço. Durante a visitação, os estudantes tiveram acesso à sala de vídeo, onde assistiram a um pequeno documentário sobre a história do sal. O diretor do museu, Alexandre Martins, esteve presente durante toda a estada dos alunos realizando explicações e contando as curiosidades sobre os artefatos do local.
O professor de História da instituição, Lucas Nascimento, falou sobre a proposta didática do museu no ensino da sua disciplina. “Esse é um museu muito rico em história material também, vocês têm a preservação do espaço, os vídeos apresentados no início, eles são bem interessantes e aproximam os alunos de coisas que a gente vê só na sala de aula. Principalmente quando a gente fala de civilizações muito antigas, civilizações muito distantes do que a gente vive hoje. Um dos exemplos que a gente lida em sala de aula é o processo da mumificação e tinha uma representação, uma imagem da tumba de Ramsés II, e nós falamos sobre isso com eles conseguindo enxergar tudo de forma mais prática”, ressaltou.
Já nesta quinta-feira (29), foi a vez dos alunos da E.M Antônio Vaz da Silva, do bairro Recanto do Sol, conhecerem o espaço e as suas riquezas históricas e culturais. O aluno Brendo, do 8º ano, comentou sobre o aprendizado que recebeu após visitar o museu. “A gente aprendeu sobre a história do sal, como é que funcionavam as salinas aqui na região, e foi uma coisa bem legal. Também aprendemos sobre os indígenas, sobre como funcionava o sal, que o sal era bem valioso e muitas outras coisas. Todos gostaram bastante”, comentou.
Para o professor de Língua Portuguesa da escola, Gael Rodrigues, o equipamento histórico é de grande importância para desenvolver uma conexão com a história e a cultura do município. “Esse passeio está dentro de um projeto da Secretaria Municipal de Educação chamado São Pedro da Aldeia e seus Encantos: Letramento para Desvendar o Mundo. Importante que as crianças do município se reconheçam nos equipamentos culturais da cidade e o Museu do Sal é importantíssimo porque aqui ele agrega não só a história do passado, mas coloca em conexão também com outros equipamentos culturais, como a Casa da Flor, que muitos alunos vivem em regiões periféricas do município, não conhecem. Então é importante porque eles recebem a perspectiva do passado, se projetam, conhecem os heróis locais, isso é importante para eles terem algum norte”, afirmou.
