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sexta-feira, setembro 20, 2024
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Motorista reclama de abordagem truculenta da Guarda Municipal de Cabo Frio

Caso aconteceu na manhã deste domingo (25), no Centro da cidade. Segundo a GM, os agentes foram agredidos pelo rapaz e precisaram de atendimento médico

Um homem, conhecido como “Thiago Preto”, foi abordado pela Guarda Municipal e conduzido até a Delegacia de Polícia Civil de Cabo Frio na manhã deste domingo (25). Segundo testemunhas, os agentes agiram de forma truculenta e deram como justificativa o fato do rapaz estar realizando lotada com seu veículo. Entretanto, de acordo com as imagens cedidas ao Portal RC24h, no momento do acontecido, o carro estava vazio.

O caso, que reuniu uma aglomeração de pessoas, aconteceu no Centro da cidade, próximo ao Itajuru. Ainda conforme testemunhas, Thiago foi algemado por três guardas, que aparecem sobre ele nas imagens, e levado à 126ªDP. Lá, ele foi ouvido e liberado.

No final da gravação, alguém pergunta o motivo de Thiago estar sendo preso para um dos guardas. Como resposta, ele afirma que “é porque bateu no carro aqui”, mas não dá maiores explicações. Já de acordo com os colegas de trabalho do homem, “é porque as guardas estavam o ‘perseguindo’, já que têm conhecimento da atuação dele nas lotadas”.

“Eles reconheceram o carro do cara, que é de lotada, olharam para os lados, perceberam que não tinha ninguém para poder acudir o amigo, estar junto dele nessa hora aí (…), então agiram dessa forma”, conta o denunciante ao Portal.

Os colegas de Thiago também pontuaram a decisão do STJ que determinou que guardas municipais não podem fazer abordagens e revistas. “Isso é abuso de autoridade. Eles não poderiam agir dessa forma”, disse o colega de Thiago.

Sobre a situação, o RC24h entrou em contato com a Guarda Municipal de Cabo Frio, que respondeu com a seguinte nota:

Por volta das 10h da manhã deste domingo (25), durante uma fiscalização de transporte irregular, um motorista foi abordado por uma equipe da Guarda Civil Municipal no bairro Itajuru. Após a abordagem, o mesmo se recusou a mostrar documento de identificação, vindo a agredir com socos e empurrões os Guardas Civis, sendo detido e conduzido para a 126ª DP, onde a ocorrência foi registrada.
Os agentes foram encaminhados para a UPA do Parque Burle com ferimentos leves e já foram liberados”.

A Prefeitura complementou a nota com a seguinte afirmação:

“A Secretaria de Segurança destaca que a ação de fiscalização do trânsito, bem como do transporte irregular de passageiros, dentro do município, é incumbência da Guarda Civil Municipal”.

O que diz o motorista

O motorista em questão, Thiago Domingos, entrou em contato com a redação do Portal RC24h para dar sua versão dos fatos. Ele disse que iria jogar bola e foi abastecer o carro antes. Quando estava saindo do posto de combustível que fica próximo ao prédio da Unimed, a Guarda Municipal realizou a abordagem, jogando a viatura na frente do carro dele e “mandando encostar”.

Ele então, questionou o motivo da abordagem e os agentes disseram que era “Fiscalização de Transportes”. O motorista alegou que não estava transportando ninguém, estava sozinho no carro, mas parou mesmo assim.

Thiago afirma que eles pediram documento do motorista e do automóvel e, quando novamente questionados pelo motivo da abordagem, eles tentaram tirar a chave do carro a força e o puxaram para fora. Foi neste momento que a confusão começou. Os guardas tentaram o algemar e imobilizar à força enquanto ele resistia, como mostra nas imagens.

“Como eu mostrei resistência quando eles me tiraram do carro, que eu falei que não era da jurisdição deles colocar a mão em mim, eles me machucaram muito, como você vê nas filmagens. Me botaram no chão, me imobilizaram e me botaram algema, me levaram pra delegacia. Chegando na delegacia, eles quebraram a chave da algema, eu fiquei quase uma hora com a algema, que a polícia mandou tirar de mim porque não era pra fazer aquilo. Eles alegaram que eu saí do carro pra agredir eles, sendo que eles me abordaram”, diz o relato.

O motorista ainda recebeu uma multa por resistir a entregar os documentos. Ele conta ainda que os guardas alegaram que já tinham o visto em outro dia com o “carro cheio”.

“Eu não estava fazendo lotada, eu estava com carro vazio, trabalho de carteira assinada, eu sou vigia, estava no meu dia de folga, no meu momento de lazer, ia jogar futebol com meus amigos e aconteceu isso”, completou.

Ludmila Lopes

Graduada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida.

Já atuou como apresentadora na Jovem TV Notícias, em 2021. Escreve pelo Portal RC24h há três anos e atua, desde julho de 2022, como repórter do Jornal Razão, de Santa Catarina.

É autora publicada, com duas obras de romance e mais de 500 mil acessos nas plataformas digitais.

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