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sábado, julho 27, 2024
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Lula toma posse como 39º presidente do Brasil

Petista, que presidiu o país de 2003 a 2010, foi empossado em sessão do Congresso para 3º mandato no Executivo

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomou posse neste domingo (1º), como 39º presidente do Brasil, em sessão solene do Congresso Nacional.

Em discurso, o petista disse que a mensagem que quer passar ao Brasil é de “esperança e reconstrução”, e que a democracia foi a “grande vitoriosa” das eleições de outubro de 2022.

“Hoje nossa mensagem ao Brasil é de esperança e reconstrução. O grande edifício de direitos, de soberania e de desenvolvimento que essa nação levantou a partir de 1988 vinha sendo sistematicamente demolido nos anos recentes. É para reerguer esse edifício de direitos e valores nacionais que vamos dirigir todos os nossos esforços”, disse Lula.

“Foi a democracia a grande vitoriosa nesta eleição, superando a maior mobilização de recursos públicos e privados que já se viu. As mais violentas ameaças à liberdade do povo. A mais abjeta campanha de mentiras e de ódio tramada para manipular e constranger o eleitorado brasileiro”, completou o petista.

O presidente empossado afirmou também que os direitos da população, o fortalecimento da democracia e a retomada da soberania nacional serão “os pilares” de seu terceiro governo.

Sem citar Jair Bolsonaro, Lula fez críticas ao agora ex-presidente. Afirmou que os recursos públicos foram “desvirtuados” durante o governo que chegou ao fim e que o adversário pregava a liberdade “de oprimir o vulnerável, massacrar o oponente, e impor a lei do mais forte acima das leis da civilização”.

“O nome disso é barbárie”, afirmou Lula.

Mais uma vez sem citar Bolsonaro, o petista disse que não haverá “revanche”. Entretanto, afirmou que “quem errou responderá por seus erros”.

“Não carregamos nenhum ânimo de revanche contra os que tentaram subjugar a nação a seus desígnios pessoais e ideológicos, mas vamos garantir o primado da ele. Quem errou responderá por seus erros com direito a ampla defesa, dentro do devido processo legal”, disse Lula.

A sessão

O petista chegou à sede do Poder Legislativo por volta das 14h40. Ele subiu a rampa do Congresso e foi recebido pelos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

O presidente estava acompanhado do vice, Geraldo Alckmin (PSD). As esposas de Lula, Janja da Silva, e de Alckmin, Lu, também participaram do evento.

Ao chegar ao plenário da Câmara, Lula foi abordado por vários parlamentares, que buscavam cumprimentar o presidente e tirar uma foto com o petista.

Chefes de Estado de vários países também estavam no plenário, como os presidentes de Portugal, Marcelo Rebelo, e da Argentina, Alberto Fernández.

Lula foi empossado durante sessão solene do Congresso Nacional, no plenário da Câmara dos Deputados. Na mesma ocasião, Geraldo Alckmin (PSB) tomou posse como vice-presidente.

A sessão solene foi presidida por Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Estavam na mesa principal do plenário, além de Pacheco, Lula e Alckmin, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o primeiro-secretário do Congresso, Luciano Bivar (União-PE), a presidente do STF, Rosa Weber, e o procurador-geral da República, Augusto Aras.

Ao abrir a sessão, Pacheco propôs e foi realizado um minuto de silêncio em homenagem ao ex-jogador de futebol Pelé e ao papa emérito Bento XVI, que faleceram na última semana.

Terceiro mandato

Esta é a terceira vez que Lula assume a Presidência da República. Ele volta ao Palácio do Planalto 12 anos após ter deixado o poder.

O petista, que governou o país de 2003 a 2010, foi eleito para um novo mandato no último mês de outubro. Ele derrotou Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição.

Antes da sessão no Congresso, Lula e Alckmin participaram de cortejo, em carro aberto, na Esplanada dos Ministérios, saindo da Catedral Metropolitana de Brasília com destino ao Congresso Nacional.

Após a posse, no Palácio do Planalto, o presidente eleito receberá a faixa presidencial e fazer um pronunciamento.

Lula participará ainda neste domingo de uma recepção com chefes de Estado e representantes de vários países no Palácio do Itamaraty.

Caneta para assinar o termo de posse

Em quebra de protocolo, Lula pediu a palavra para contar a história da caneta com a qual assinaria o termo de posse.

Ele disse que ganhou a caneta de uma pessoa no Piauí, enquanto fazia campanha para as eleições presidenciais de 1989.

Segundo ele, a pessoa pediu a ele que assinasse o termo de posse com a caneta. Lula, entretanto, foi derrotado nas eleições daquele ano.

O presidente contou então que pretendia usar a caneta para assinar o documento quando foi eleito para o primeiro mandato presidencial, em 2002, mas que se esqueceu dela.

Em 2006, quando foi assumiu pela segunda vez, disse que usou uma caneta do Senado.

Desta vez, porém, usou a caneta que ganhou no Piauí em 1989.

“Agora encontrei caneta e é uma homenagem ao povo do estado do Piauí”, disse o presidente.

Ministérios

Durante a transição, Lula decidiu ampliar o número de ministérios do governo de 23 para 37.

Para preencher as vagas no primeiro escalão do Executivo, o petista acolheu indicações de nove partidos:

  • PT: 10 ministros
  • MDB: 3 ministros
  • PSB: 3 ministros
  • União Brasil: 3 ministros
  • PSD: 3 ministros
  • PDT: 1 ministro
  • PSOL: 1 ministra
  • PCdoB: 1 ministra
  • Rede: 1 ministra

A ampliação do número de pastas tem, entre os objetivos, a busca por apoio dos partidos no Congresso Nacional.

A chamada governabilidade é almejada pelos presidentes, que precisam de votos dos parlamentares para aprovarem medidas legislativas de interesse do governo.

Onze ministros escolhidos por Lula não possuem filiação partidária.

A conclusão do desenho da Esplanada dos Ministérios nos próximos anos, com a definição dos titulares das pastas, ocorreu somente na última semana. Na quinta-feira (29), Lula anunciou os 16 nomes que ainda estavam pendentes.

Entre os escolhidos, estão a senadora Simone Tebet (MDB-MS), que vai para o Planejamento; a deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP), Meio Ambiente; o senador Alexandre Silveira, Minas e Energia; e a ex-jogadora de vôlei Ana Moser, Esporte.

Desafios

Além da formação de uma base sólida, para fazer frente à oposição no Congresso, Lula terá, entre os desafios, que lidar com juros em alta, inflação ainda elevada, orçamento engessado, e a desaceleração econômica global.

Outros pontos de atenção para Lula, logo na largada do governo, devem ser o tratamento que ele dará ao orçamento secreto e a postura a ser adotada nas eleições para presidência da Câmara e do Senado, marcadas para fevereiro.

Na Câmara, o PT já declarou apoio à reeleição de Arthur Lira. No Senado, ainda não houve uma declaração oficial da sigla, mas a tendência é de apoio a mais um mandato de Rodrigo Pacheco.

FONTE: G1

Redação
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