Os investidores que foram lesados pela Spartacus Consultoria, empresa de investimentos em criptomoedas com sede em Cabo Frio, que pertence ao ex-capitão da PM e ex-candidato a prefeito Diogo Souza da Silveira, voltaram a protestar na noite desta terça-feira (28), em frente ao bar e restaurante Buda Beach, que é de propriedade do empresário em sociedade com o deputado estadual bolsonarista Filipe Poubel.
O grupo fez uso de faixas que questionavam onde está o dinheiro investido pelos clientes e também indagando Poubel sobre a índole do sócio, que mesmo depois de ter negado fazer parte da empresa de investimentos, pessoas ligadas ao grupo “Lesados Spartacus”, organizado para denunciar o ‘calote’, inclusive com denúncias na 126ª Delegacia de Polícia (126ª DP), afirmam que ele tem envolvimento.
Os investidores fez uso de megafone, onde gritavam palavras de ordem como “Diogo 171”, em alusão ao artigo 171 do Código Penal, que trata de estelionato. Na gíria popular, chamar uma pessoa de 171 quer dizer que a pessoa é mal intencionada e golpista.
Mais cedo, os manifestantes estiveram reunidos no mesmo local. Eles afirmam que Diogo Souza sempre “embroma” nos pronunciamentos, fala que “a coisa não é simples de resolver”, mas nunca prova que perdeu o dinheiro.
“A gente pede o extrato (da conta bancária) e ele afirma que isso não vai trazer o dinheiro de volta”, afirma Cinara Quina, uma das lesadas pela Spartacus.
Entenda o caso
Inicialmente a empresa prometia 14% de rendimentos, oriundos de trades de criptomoedas. A primeira quebra de contrato veio com o anúncio da redução do lucro para apenas 5%. Depois disso, a empresa anunciou o encerramento das atividades com a promessa de devolução do capital investido.
Preocupados com a demora no retorno e com o possível ‘calote’ da Spartacus, centenas de investidores prejudicados se reuniram por meio de grupos nas redes sociais trocando informações sobre o atraso nos pagamentos e cobrando respostas.
Após diversas promessas e justificativas, o empresário afirmou em uma reunião realizada no final de outubro, que iria iniciar a devolução do capital pagando o percentual de 5% sobre o que foi investido de forma parcelada. A devolução foi programada para ter início nesta quarta-feira (1), mas não foi realizada.
Pós-graduada em Jornalismo Investigativo pela Universidade Anhembi Morumbi; e graduada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida.
Atuou como produtora/repórter na Lagos TV, Coordenadora de Programação na InterTV - Afiliada da Rede Globo, apresentadora na Rádio Costa do Sol FM e editora no Blog Cutback. É repórter no Portal RC24h desde 2016 e coordenadora de reportagem desde 2023, além de ser repórter colaboradora no jornal O Dia/Meia Hora. Também é criadora de conteúdo para a Web 3.0 na Hive.
Vencedora do 3º Prêmio Prolagos de Jornalismo Ambiental, na categoria web.