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Fogos de artifício: como proteger os pets do estresse causado na virada do ano

O barulho dos fogos causa pânico e pode trazer problemas mais graves para a saúde do seu pet, saiba como amenizar esse sofrimento

Com a chegada do último dia do ano, uma das maiores preocupações dos ‘pais de pet’ aparecem: os fogos de artifício. Muitos animais tem medo do forte barulho causado pelos rojões e podem, além de se estressar, ficarem machucados.

Uma reportagem especial publicada pelo Canal do Pet conversou com profissionais para saber o que fazer nesses casos e manter o animalzinho em segurança. Confira as recomendações.

Começar cedo

Segundo o adestrador comportamental André Almeida, é recomendado tratar o medo do animal com antecedência, para que, quando cheguem os períodos de festas o cachorro já esteja preparado para o forte barulho. Ele explica que desde muito novo, o cão aprende a associar os sons às sensações, como a hora da comida ou a chegada do dono. 

Se você tem um filhote, o ideal é que já comece a treiná-lo para determinados barulhos, “reproduza um som semelhante aos fogos para ensinar ao animal que aquele som não o fará mal. Ele poderá associar tal ruído à hora da comida ou à determinado brinquedo, por exemplo”, explica. Também é recomendado que apresente alguma atividade prazerosa ao cachorro para que ele aprenda a lidar com a situação.

Como amenizar o medo de fogos de artifício nos animais adultos?

Com animais adultos, é recomendado que se faça um trabalho de dessensibilização antes que o evento chegue. A veterinária Priscila Brabec recomenda criar ‘refúgio’ para o pet, com os objetos que ele mais gosta, brinquedos, petiscos diferentes, análogo sintético do odor materno canino (ou felino, para os gatos).

Os tutores devem mostrar para o pet que aquele cantinho é positivo e agradável para ele nos momentos de medo/inquietação. “Esse cantinho deve ser um local fechado (um quarto de preferência) com as janelas fechadas (para diminuir os barulhos) e pode até colocar uma música ambiente”, diz a veterinária Priscila Brabec.

Ela frisa que um animal assustado nunca deve ser deixado sozinho no quarto se tiver medo ou fobia. Além disso, um cachorro assustado jamais deve ficar preso com coleiras, pois ele pode se machucar ou até sofrer um enforcamento. Se possível, o ideal é buscar ajuda de um especialista em comportamento para uma avaliação.

Popularmente conhecida como

A técnica da bandagem

Existe uma técnica popular na Internet, na qual o cachorro é envolvido por algumas tiras de pano. “A bandagem é sensorial, ela ativa o sistema nervoso central. Ele é ativado pela pressão. Automaticamente faria com que o animal tivesse uma sensação de bem-estar. É como se várias mãos o estivessem acariciando nos momentos dos fogos ou em momentos de estresse. Mas não há provas de sua eficácia”, explica o veterinário Kleverson Santos.

Além do medo

O forte barulho provocado pelos fogos podem causar bem mais que o medo e o estresse, podem ser também prejudiciais para a saúde dos animais de estimação. Os animais que sofrem de epilepsia merecem atenção especial nesses momentos, que já o barulho pode desencadear crises convulsivas.

“Nós temos uma grande gama de animais que convulsionam em nossa clínica, são animais epiléticos. A gente aconselha que redobrem as medicações. O tempo de convulsões são prejudiciais, porque acabam matando alguns neurônios. Então é recomendável que eles passem um tempo mais rebaixados, para que não chegue a convulsionar”, diz o especialista.

Santos também alerta que os animais com essas condições não devem ser deixados sozinhos e não devem ser medicados sem antes consultar um médico veterinário.

Comparado com os cães, os felinos não costumam sofrer tanto com o barulho dos fogos ou ter crises de epilepsia. Porém, os especialistas lembram que o número de perdas desses animais nesse período é bem maior. Por isso é muito importante ficar de olho nos bichanos.

*Com informações do Canal do Pet.

Coordenadora de Reportagem na Portal RC24h | Site do(a) autor(a)

Pós-graduada em Jornalismo Investigativo pela Universidade Anhembi Morumbi; e graduada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida.

Atuou como produtora/repórter na Lagos TV, Coordenadora de Programação na InterTV - Afiliada da Rede Globo, apresentadora na Rádio Costa do Sol FM e editora no Blog Cutback. É repórter no Portal RC24h desde 2016 e coordenadora de reportagem desde 2023, além de ser repórter colaboradora no jornal O Dia/Meia Hora.

Vencedora do 3º Prêmio Prolagos de Jornalismo Ambiental, na categoria web.

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