InícioRegião dos LagosCabo FrioFaraó dos Bitcoins enganou até irmã de ex-presidente do STF

Faraó dos Bitcoins enganou até irmã de ex-presidente do STF

A terapeuta Elda Barbosa é irmã de Joaquim Barbosa e indicou a empresa do Faraó a, pelo menos, uma de suas pacientes

Uma matéria do Metrópoles, divulgada nesta sexta-feira (22), revelou que após amargar prejuízo de R$ 62 mil, uma mulher de 39 anos denunciou à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) ter caído no esquema de pirâmide financeira liderado pelo ex-garçom Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como o Faraó dos Bitcoins, de Cabo Frio. Ela conta que durante uma sessão de terapia foi convencida pela psicóloga a investir na criptomoeda.

A terapeuta Elda Barbosa Gomes é irmã do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa. Segundo a vítima contou à polícia, ela confiou que o vínculo com um respeitado ex-ministro do STF seria um sinal de credibilidade para o negócio que, logo depois, mostrou-se furado. Elda ainda não figura como investigada pela corporação brasiliense.

Formada em gestão pública, a moradora do Distrito Federal que aceitou a dica de sua psicóloga para investir dinheiro em pirâmide financeira é mais uma vítima entre os milhares de investidores da GAS Consultoria, empresa do Faraó e alvo da Polícia Federal. Ela pediu para manter o nome em sigilo porque tem medo de retaliações.

A mulher relatou que o convite de Elda teria sido feito tanto durante conversas nas consultas quanto por meio de mensagens de texto. Usar as sessões para tentar fazer negócio configura prática que contraria o código de ética da psicologia.

Em ocorrência registrada na PCDF, a denunciante detalhou que a terapeuta Elda teria passado o contato de uma pastora evangélica e de representantes da GAS. A pastora era representante comercial da empresa do Faraó, agora na mira da polícia. Elda também é pastora.

“Confiei em investir porque sabia que ela era irmã de um ministro do STF e, em tese, não se envolveria com nada errado. Marquei com a consultora que ela indicou. Na ocasião, essa profissional me explicou as condições e parecia se tratar de um negócio honesto. A Elda, inclusive, disse que já investia e o lucro era certo. Saquei todo o meu FGTS, no valor de R$ 62 mil, e apliquei. A promessa era um rendimento mensal de 10%”, detalhou a mulher.

Após a operação da PF, a vítima se deu conta de que caíra num golpe e registrou ocorrência na PCDF.

Contrato de investimento

Em denúncia feita à Justiça, o Ministério Público Federal (MPF) aponta que os representantes da GAS ofereciam uma espécie de contrato de investimento coletivo denominado “Contrato de Prestação de Serviços para Investimento em Bitcoin – moeda criptografada”, por meio do qual assegurariam aos investidores o rendimento bruto mensal de 10% sobre o valor investido por um prazo determinado mediante “aplicação de dinheiro brasileiro em mercado financeiro da moeda criptografada denominada Bitcoin”.

A coluna tentou contato com Elda Barbosa por dois dias, mas as solicitações não foram atendidas. O espaço segue aberto para manifestação.

*Com informações do Metrópoles.

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