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Família de condenado a 54 anos de prisão protesta em frente ao fórum de Cabo Frio e pede por justiça

“Meu filho nunca foi bandido nem traficante”, afirma mãe do homem acusado por matar vigilantes no ano de 2019

A família do homem que foi preso na segunda-feira passada (18), sob a acusação de ter envolvimento na morte de dois vigilantes do estado do Espírito Santo, no ano de 2019, em Cabo Frio, esteve na frente do Fórum da cidade, na tarde desta terça-feira (26), pedindo por justiça.

Pablo Gerimias foi condenado a 54 anos e dez meses de prisão, ele foi capturado pela Polícia Civil no bairro Monte Alegre, em Cabo Frio.

A mãe do acusado afirma que ele nunca cometeu nenhum crime e, na verdade, é vítima do sistema judiciário. O recurso de apelação aponta diversos fatos que tornam a condenação inconclusiva. Um deles, foi o reconhecimento do jovem, que foi feito apenas por uma foto do Detran, nunca pessoalmente.

“A vítima sobrevivente não reconhece o apelante plenamente e ao analisar detidamente os autos se verifica que, em determinados momentos, ‘reconhece’ alguém e após não ratifica esse conhecimento. Esse ‘reconhecimento’ não pode ser considerado prova eficaz, não foi produzido de acordo com o nosso ordenamento jurídico’”, diz um trecho da apelação.

Outro erro apontado pela defesa de Pablo, mostra que um dos réus, que também teria sido “reconhecido” pela vítima sobrevivente, estava preso desde o dia 21/07/2019, quase uma semana antes do crime.

Ainda segundo relatos da família e uma declaração autenticada por um gerente de setor comissionado da Comsercaf, Pablo trabalhava enquanto o crime aconteceu.

De acordo com a Polícia Civil, contra ele também havia três mandados de prisão em aberto pelos crimes de tráfico de drogas, associação ao tráfico de drogas e latrocínio consumado, expedidos pela Comarca cabo-friense.

Contudo, a mãe afirma que ele nunca foi preso. Tais crimes, entraram na ficha criminal de Pablo por terem ligação com a morte dos vigilantes, o que aumentou ainda mais a pena.

 “Meu filho nunca foi bandido nem traficante”, diz a mãe do condenado. E completa dizendo que o homem ‘nunca matou uma mosca’.

A redação entrou em contato com a Polícia Civil para entender as circunstâncias da investigação e aguarda retorno.

Relembre o caso

Na época do crime, as duas vítimas realizavam o serviço de vigilância particular no bairro Guarani e adjacências, acompanhados de um terceiro vigilante, que sobreviveu. O caso gerou grande comoção e foi amplamente divulgado pela imprensa. Os três homens foram abordados por diversos traficantes armados, integrantes da facção criminosa Comando Vermelho (CV) e levados para a Favela do Lixo. Lá, eles foram mantidos em cárcere privado e sob tortura, além de serem obrigados a cavar a própria cova.

Após a execução de um deles, o terceiro conseguiu se desvencilhar do cárcere e fugiu da morte. Ele se escondeu em uma área de mata até ser resgatado.

Os cadáveres dos capixabas foram ocultados pelos criminosos e, até então, não foram localizados pela polícia, tendo paradeiro incerto e não sabido.

Quatro pessoas foram condenadas pelo crime e Pablo foi o último a ser capturado. Ele foi encaminhado para a 126ª Delegacia de Polícia (126ª DP) e segue à disposição da Justiça.

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