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Esposa do Faraó do Bitcoin “torra” cartão de crédito e Caixa cobra dívida

Mirelis Yoseline Zerpa, esposa de Glaidson Acácio dos Santos, o “Faraó do Bitcoin”, preso por crime contra o Sistema Financeiro Nacional, deixou mais uma conta para o marido pagar na Justiça, conforme revelou o jornal O Globo nesta quinta-feira (22). Segundo o colunista do jornal, Lauro Jardim, a venezuelana “torrou” mais de R$ 100 mil no cartão de crédito do marido e não pagou a fatura.

A Caixa Econômica Federal, emissora de um cartão de crédito do casal, agora cobra a dívida feita por Mirelis, inclusive notificando Glaidson diretamente na cadeia de Bangu, onde ele aguarda o julgamento de vários crimes dos quais é acusado, tanto na esfera civil quanto criminal.

Glaidson foi preso na operação Kryptos da Polícia Federal em agosto do ano passado e se encontra preso desde então. Ele é acusado de crime de pirâmide financeira, crime contra o Sistema Financeiro Nacional, além de ser suspeito em um caso de homicídio e outro de tentativa de homicídio. 

De acordo com Jardim, os gastos com o cartão de dono da Gas Consultoria basearam-se em grifes de luxo nos EUA das mais conhecidas como, Gucci, Valentino e Ralph Lauren, em compras realizadas no período entre agosto e setembro do ano passado. “O saldo a pagar era de R$ 117 mil em outubro e, somado a juros e multa, passa agora de US$ 143,5 mil”, descreve Jardim.

No início deste mês, a Justiça do Rio de Janeiro solicitou que o Ministério da Justiça e Segurança Pública faça um pedido ao governo dos Estados Unidos de extradição Mirelis. Ela é considerada foragida, mas tem representação jurídica no Brasil. Do exterior, a venezuelana publicou vários vídeos explicando sua situação financeira e chegou a alegar que não tem mais nenhum dinheiro guardado.

No entanto, ela teria sacado R$ 1 bilhão em criptomoedas no dia seguinte à prisão de Glaidson. Porém, segundo o advogado, o dinheiro já foi todo utilizado.

Justiça pede depósito de R$ 19 bilhões

Nesta semana, o dono da Gas Consultoria também amargou outra decisão da Justiça do Rio, que determinou que ele depositasse em juízo a quantia de R$ 19 bilhões.

O dinheiro, caso seja depositado, pode se somar aos bens apreendidos na operação Kriptos e então ser usado para pagar os credores da empresa. Por outro lado, fazendo o depósito bilionário, Glaidson poderia ser beneficiado por uma prisão domiciliar, após nova análise judicial de um habeas corpus referente à dívida.

No entanto, os credores e nem mesmo a Justiça do Rio sabem se faraó do bitcoin tem dinheiro suficiente que somam R$ 19 bilhões. O que se sabe até o momento é que a polícia apreendeu cerca de R$ 400 milhões oriundos da Operação Kryptos do ano passado.

Constam até o momento 122.072 investidores que fizeram a inscrição em um site, cuja soma dos valores devidos é de cerca de R$ 9 bilhões.

Habeas corpus e candidatura a deputado

Na semana passada, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região concedeu Habeas Corpus para Glaidson, mas ele continuou detido devido à prisão decretada em outros processos aos quais responde. O Habeas Corpus foi concedido em uma ação na qual a defesa de Glaidson pede que ele possa responder pela acusação em prisão domiciliar.

Mas a situação é mais complexa. Glaidson responde também na instância estadual pela acusação de crimes graves, como homicídio e tentativa de homicídio.

No último dia 12, o Tribunal Regional Eleitoral no Rio de Janeiro (TRE/RJ) também proibiu Glaidson de concorrer nas eleições deste ano, negando o registro de sua candidatura. Ele pretendia concorrer a uma cadeira de deputado federal pela legenda Democracia Cristã.

Glaidson também virou alvo da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), onde a área técnica da autarquia passou a enxergar contrato de investimento fraudulento no esquema do empresário.

Prisão do “Faraó do Bitcoin”

Glaidson foi preso na manhã do dia 25 de agosto de 2021 no âmbito da Operação Kryptos. Na ocasião, outros membros do esquema foram presos, enquanto outros conseguiram escapar da polícia e fugir do Brasil, como a esposa de Glaidson, Mirelis.

A GAS Consultoria captava clientes com promessas de rendimentos que supostamente viriam do trade de criptomoedas. Mais tarde, seu modelo de operação, supostamente de uma pirâmide financeira, desencadeou uma série de investigações pelas autoridades brasileiras.

*Com informações do Jornal O Globo

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