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Chuva e embarcações cheias de peixes marcam o fim do defeso na Lagoa de Araruama

Expectativa é que a nova safra seja uma das melhores da década

A chuva e embarcações cheias de pescado marcaram o fim do defeso na Lagoa de Araruama, nesta segunda-feira (1º). O período em que a pesca de qualquer espécie fica proibida na laguna, tem a função de contribuir com a manutenção deste importante ecossistema. Apesar da instabilidade do tempo, o dia foi produtivo para os pescadores de Iguaba Grande, que capturaram cerca de 3 toneladas de peixes. A expectativa é que a nova safra seja uma das melhores da década.

Tanto otimismo está relacionado à última temporada de pesca, antes do início do defeso. Por diversos meses seguidos, foram pescadas mais de 100 toneladas de peixes no município, que abastece cidades do estado do Rio de Janeiro, e das regiões Norte e Nordeste. Apesar do excelente desempenho, a quantidade de peixes capturados pode ser ainda maior. Isso porque atualmente não há um órgão que mapeie e elabore uma estatística pesqueira. “A expectativa para essa safra é que seja melhor do que a passada, quando batemos vários recordes. Foi a melhor que eu presenciei desde que cheguei em Iguaba, há 32 anos”, afirma Cícero Vanderley Neto, presidente da Colônia 29.

O fim do defeso também trouxe uma grande variedade de espécies como o Camarão, Carapicu, Carapeba e a Perumbeba; aumento na quantidade de Tainha; e o surgimento da Graçainha, que não é comum na lagoa. “Nossa expectativa é grande. Ainda não sabemos se a pesca deste ano será tão boa quanto a do último, mas com tanta diversidade de peixes, acreditamos que pode ser ainda melhor”, pontua José Ricardo de Souza, presidente da Associação de Pescadores da Baleia, em São Pedro da Aldeia, onde embarcações não conseguiram sair por conta da chuva.

No período de 3 meses em que ficam proibidos de pescar, os pescadores artesanais profissionais com cadastro regular no INSS recebem um auxílio de um salário mínimo do governo federal, chamado Seguro Defeso. Nesse intervalo, muitos aproveitam para consertar suas embarcações e refazer suas redes. Toda essa preparação foi positiva para o Rafael Rodrigues, que junto com a família, trabalha há 15 anos com a pesca. “Hoje pescamos mais de 300 quilos e acreditamos que essa safra seja muito positiva. A lagoa está mais limpa e o ambiente está propício para o nosso trabalho”, avalia Rafael.

A Prolagos, uma empresa da Aegea Saneamento, contribui efetivamente para a recuperação da laguna. Após a chegada da concessionária, o tratamento do esgoto passou de 0% para 80% nas cidades de Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Cabo Frio, Arraial do Cabo e Armação dos Búzios. A operadora responsável pelo saneamento básico, vem ampliando a implantação de cinturões no entorno da lagoa, para interceptar o esgoto e evitar que ele chegue in natura ao ecossistema. Ao longo de 23 anos de atuação, já foram investidos mais de R$1,4 bilhão em saneamento, representando mais que o dobro de investimentos realizados por habitantes, do que a média nacional, de acordo com o Instituto Trata Brasil.

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