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CABO FRIO/ Peró vai ao Ministério Público em busca de saneamento básico

Decisão foi tomada após reunião no início do mês entre quiosqueiros e a secretaria municipal de Meio Ambiente. Na ocasião, foi anunciado que a Prefeitura iria solicitar à Prolagos a retirada de esgotos em caso de saturação do sistema

Em Cabo Frio, moradores do Peró, vão procurar o Ministério Público nesta semana para pedir ajuda na solução do saneamento básico do bairro. A decisão foi tomada depois de uma reunião ocorrida no início deste mês, entre proprietários de quiosques e a secretaria municipal de Meio Ambiente.

No encontro ficou decidido que a Comsercaf (Companhia de Serviços de Cabo Frio) não vai mais recolher o esgoto produzido pelos quiosques, que é lançado nas galerias de águas pluviais do Peró.

Foi anunciado aos quiosqueiros que a Prefeitura vai pedir para a Concessionária Prolagos realizar a retirada de esgotos quando houver saturação do sistema precário que leva os detritos para a rede de água pluvial.

Em visita ao bairro antes das eleições, o Prefeito José Bonifácio (PDT) prometeu dar início à revitalização da orla e levar saneamento básico ao local. Até o momento, a Prolagos apenas levou água potável aos quiosques.

Apesar de ser um dos principais destinos turísticos do interior fluminense, o Peró não conta com rede separativa para coleta e tratamento de esgotos. Há suspeita de que o lençol freático do bairro já esteja comprometido. O problema é grave, mas não há registros de lançamento de esgotos na praia, pois a orla fica em um plano mais alto e os detritos escoam por gravidade em direção às ruas internas.

Os moradores temem, contudo, que a Prolagos não recolha o esgoto e lembram que o precário esgotamento sanitário da Rua Anequim, paralelo à praia, já esta comprometido, com detritos vazando pelos bueiros. “

“Além dos problemas no Peró, os esgotos são lançados in natura nas dunas e no Canal do Itajuru, que banha a Ilha do Japonês e deságua na Praia do Forte. Um crime ecológico. A prefeitura está abandonando o Peró”, lamentou o biólogo Octávio Menezes, do movimento Amigos do Peró.

A reunião com os quiosqueiros foi comandada pelo secretário municipal de Meio Ambiente, Juarez Lopes. Os comerciantes falaram das dificuldades que estão enfrentando durante a pandemia. Em decreto assinado na última sexta-feira (7), a prefeitura liberou a volta das mesas na areia da praia, com limite de dez unidades. Os restaurantes e bares podem funcionar até 23 horas.

Moradores do Peró há anos reclamam dos serviços da Prolagos, que faz cobrança de água por estimativa, mas não abastece corretamente o bairro na época de maior movimento do verão. A rede separativa de esgotos é outra reclamação. Os moradores e ambientalistas também se queixam da Prefeitura, que é a responsável pela concessão, de não exigir que a Prolagos leve os serviços ao bairro.

“A decisão da prefeitura é um retrocesso. Todos sabem que a Prolagos não presta um bom serviço no Peró e no Pontal do Peró. Qual a garantia que temos que fará a coleta do esgoto? Como se trata de uma área de preservação ambiental, tanto na área estadual quanto na federal, esperamos que o Ministério Público tenha atenção para o problema ambiental”, apelou Machado Silva, dos Amigos do Peró.

Em nota, a Prolagos afirma que o bairro está contemplado no projeto de implementação de rede separativa de esgoto em Cabo Frio, em complemento ao modelo coleta em tempo seco, que está em aprovação na agência reguladora.

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