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Aeroporto de Cabo Frio proíbe funcionários de levarem comida de casa para o trabalho, diz denúncia

Comunicado oficial teria sido feito nesta terça (26) para que os trabalhadores comprassem a alimentação no restaurante do lugar. Administração do Cabo Frio Airport diz que funcionários têm acesso a local próprio para refeição e direitos trabalhistas 'plenamente atendidos'

Funcionários do Cabo Frio Airport, aeroporto do município, estão proibidos de levar qualquer tipo de comida para o trabalho. Isso é o que diz um dos trabalhadores do local, que preferiu não se identificar, com medo de perder o emprego. O comunicado teria sido feito nesta terça-feira (26), e a justificativa, segundo relato, é por conta de possíveis roedores. Contudo, quem trabalha no local alega que a decisão foi tomada para que todos almocem exclusivamente no restaurante do lugar.

“Na verdade, a gente sabe que é por causa do restaurante. Eles não falam isso abertamente, mas é sim. Eles reclamam porque a maior renda deles seria se todos os funcionários comessem lá”, declarou o denunciante.

Desde o momento em que foi contratado, o trabalhador informou que já foi comunicado de que não poderia levar almoço, apenas lanche. Afirmou que, na recepção, existem dois funcionários fiscalizando os alimentos com o objetivo de, caso identifiquem comidas como arroz, feijão ou carne, efetuem a apreensão.

“A gente tem uma alimentação ruim, porque é um lugar grande (…), é desgastante (…), nós temos que mudar a alimentação por conta disso, porque se você levar carne, ou alguma coisa mais condimentada, (…) é barrada a sua comida”, explicou o funcionário.

O problema, segundo explica, é que nem todas as empresas terceirizadas do local disponibilizam ticket alimentação, ou seja, para que os funcionários tenham um almoço equilibrado, é necessário gastar do próprio bolso no restaurante. Para tentar driblar a regra, alguns deles, quando tinham a comida retida, voltavam para o lado de fora e a colocavam em uma espécie de buraco por baixo da cerca, conseguindo pegar depois.

Entretanto, de acordo com o relato, ainda nesta semana, os burburinhos da proibição vieram à tona e, com isso, também tamparam o buraco, impossibilitando o ato.

“Eu tentava levar caldo de feijão, não colocava caroço, para que, quando passasse na esteira, ninguém visse, né? E quando eles implicavam com comida, quando barravam, eu deixava no buraco e depois entrava no aeroporto para pegar. (…) Hoje, quando eu cheguei, tentei botar no buraco e percebi que tamparam, justamente para nos forçar a não levar mesmo, de jeito nenhum (…)”, relatou.

O QUE DIZ A ADMINISTRAÇÃO DO AEROPORTO

A reportagem do Portal recebeu a resposta da administração do aeroporto na manhã desta quinta-feira (28). De acordo com o presidente do Conselho de Administração do Cabo Frio Airport, Eduardo Valle, “a denúncia não está correta e nem faz juz às boas práticas de governança que adotamos no Cabo Frio Airport”.

Conforme Valle, “os funcionários do aeroporto têm acesso a local próprio para refeição e direitos trabalhistas plenamente atendidos”.

“Inclusive há um segundo local apropriado para refeições em nosso prédio administrativo número 2, destinado aos funcionários de empresas aéreas que atuam no aeroporto. Esses dois espaços estão em plena conformidade com as regras da Anvisa.

Por outro lado, vale ressaltar que a Anvisa proíbe que sejam feitas refeições na área designada como “área AR”, que é a área que se inicia nos portões de inspeção e acesso à pista de pouso e decolagem, área de taxiamento e hangares.

Talvez esta informação tenha partido de funcionários de empresas que atuam no aeroporto e que desconhecem as normas básicas que regem as operações de segurança e saúde dos aeroportos”, explicou Eduardo Valle.

Graduada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida e pós-graduanda em Assessoria de Imprensa, Jornalismo Estratégico e Gestão de Crises pela Universidade Castelo Branco.

Já atuou como apresentadora na Jovem TV Notícias, em 2021. Escreve pelo Portal RC24h há três anos e atua, desde julho de 2022, como repórter do Jornal Razão, de Santa Catarina.

É autora publicada, com duas obras de romance e mais de 500 mil acessos nas plataformas digitais.

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