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Advogada atuante na Região dos Lagos morre aos 37 anos vítima de COVID-19

Dra. Rafaela Magno Kostrzepa ganhou notoriedade ao denunciar juíza de Iguaba Grande por medir saias das advogadas na entrada do Fórum

A advogada Rafaela Magno kostrzepa Jaworski, de 37 anos, morreu neste domingo (2), vítima da COVID-19. Atuante na Região dos Lagos, Dra. Rafaela era presidente da OAB Mulher de Iguaba Grande e coordenadora da Diretoria da Mulher na região.

De acordo com pessoas próximas a advogada ouvidas pelo Portal RC24h, Rafaela teve os primeiros sintomas da doença há cerca de uma semana. Ela foi internada no Hospital Santa Izabel, em Cabo Frio, e precisou ser intubada neste sábado (1º).

A advogada ganhou notoriedade ao denunciar a prática determinada pela juíza do fórum de Iguaba Grande de medir com régua as saias das advogadas. O caso gerou uma representação da OABRJ à Corregedoria do TJRJ em outubro de 2019. 

A ação ganhou repercussão na imprensa, inspirou o levante virtual #SuaTogaNaoMedeMinhaRoupa e provocou um intenso debate nacional sobre as afrontas às prerrogativas da advocacia feminina.

Antes de assumir a frente da comissão voltada para os direitos da mulher advogada, Rafaela foi presidente da Comissão de Prerrogativas local.

Além da atuação na OAB, Rafaela era bacharel em Relações Internacionais e tinha escritório próprio em São Pedro da Aldeia.

Através do escritório, participou de casos como o da intolerância religiosa praticada por uma secretária de Cultura de São Pedro contra um grupo espirita em uma sessão da Lei Aldir Blanc no ano passado.

A Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro declarou luto oficial de três dias e emitiu uma nota oficial de pesar assinada pela presidente da subseção de Iguaba Grande, Drª Margoth Cardoso.

“Drª Rafaela, grande companheira, amiga fiel, advogada combativa, que não media esforços na defesa do que acreditava. Uma perda inestimável para a advocacia. Nossos corações estão dilacerados”, diz a nota.

“Ela teve a coragem de, junto comigo, empreender essa luta contra o abuso no fórum de Iguaba, sempre de cabeça erguida. Lutava por uma sociedade mais justa, era extremamente solidária. É duro demais, essa doença está nos tirando as pessoas mais queridas. Este momento vai nos deixar uma marca tão profunda na sociedade que não haverá forma de abrandar essa dor imensa”, disse Margoth.

Nas redes sociais, foram compartilhadas diversas mensagens de luto e comoção com a notícia. “Perdemos uma amiga, advogada, guerreira”, escreveu Marcos Trajano.

Rafaela era casada e deixa uma filha de 11 anos. O corpo dela será cremado em cerimônia restrita à família, mas uma página na internet foi aberta como um “velório virtual” em que amigos e conhecidos depositaram suas homenagens à advogada.

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