08/07/2025 — 20:19
  (Horário de Brasília)

Terra está girando mais rápido: cientistas preveem dias com menos de 24 horas já em julho

Rotação do planeta está acelerando desde 2020 e pode encurtar ainda mais o tempo dos nossos dias nas próximas semanas. Entenda o que está por trás desse fenômeno intrigante

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Prepare-se: os dias estão ficando mais curtos — literalmente. Desde 2020, a Terra tem girado sobre seu próprio eixo com uma velocidade maior do que o normal, e essa aceleração pode atingir um novo pico ainda neste ano. Cientistas já apontam três datas críticas: nesta quarta-feira (9), 22 de julho e 5 de agosto, quando o planeta pode registrar dias mais curtos do que as tradicionais 24 horas.

O fenômeno vem sendo monitorado de perto por especialistas como Graham Jones, astrofísico e comunicador científico, que alerta para o que pode parecer imperceptível aos nossos relógios comuns, mas que é preciso o suficiente para ser detectado por relógios atômicos — equipamentos ultrassensíveis que medem o tempo em níveis submicroscópicos.

O que está acontecendo com a Terra?

Normalmente, cada dia tem 86.400 segundos exatos, mas em 5 de julho de 2024, por exemplo, esse número foi reduzido em 1,66 milissegundo — um tempo inferior ao de um piscar de olhos. Parece pouco? Pode até ser. No entanto, esse tipo de variação é extremamente significativa em termos planetários.

Segundo Jones, a rotação da Terra pode ser influenciada por uma série de fatores complexos, como:

  • Movimentos internos do núcleo terrestre;
  • Interações entre os oceanos e a atmosfera;
  • Variações na posição da Lua em relação ao Equador.

Inclusive, as datas previstas coincidem com os momentos em que a órbita lunar atinge seu ponto mais extremo ao norte ou ao sul da Linha do Equador — condição que, segundo os estudiosos, acelera naturalmente a rotação do nosso planeta.

Vamos perder horas do dia no futuro?

Por enquanto, não há motivo para pânico. Apesar de a Terra estar girando mais rápido, a diferença é tão mínima que não afeta diretamente a nossa rotina diária. Ainda assim, o cenário levanta uma questão inquietante: e se essa tendência continuar?

Se mantido o ritmo atual por bilhões de anos, o resultado pode ser uma sincronização total da rotação da Terra com a órbita da Lua. Isso significaria:

  • Dias fixos e sem variações;
  • O desaparecimento das marés como conhecemos hoje (adeus, surf!);
  • E um planeta em que apenas metade da população conseguiria ver a Lua.

Mas calma: esse tipo de transformação só ocorreria daqui a aproximadamente 50 bilhões de anos, segundo previsões científicas. Ainda temos muito tempo para nos acostumar com o tique-taque do nosso planeta.

Por que isso importa?

Além da curiosidade científica, acompanhar o ritmo da Terra tem implicações práticas importantes — especialmente na calibração de satélites, sistemas de GPS e redes de telecomunicações. Qualquer alteração, por menor que seja, pode afetar a precisão desses sistemas essenciais para a vida moderna.

MTb 0022570/MG | Coordenadora de Reportagem  Site do(a) autor(a)

Pós-graduada em Jornalismo Investigativo pela Universidade Anhembi Morumbi; e graduada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida.

Atuou como produtora/repórter na Lagos TV, Coordenadora de Programação na InterTV - Afiliada da Rede Globo, apresentadora na Rádio Costa do Sol FM e editora no Blog Cutback. É repórter no Portal RC24h desde 2016 e coordenadora de reportagem desde 2023, além de ser repórter colaboradora no jornal O Dia/Meia Hora. Também é criadora de conteúdo para a Web 3.0 na Hive.

Vencedora do 3º Prêmio Prolagos de Jornalismo Ambiental, na categoria web.

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