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Sócio do ‘faraó dos bitcoins’ é preso depois de ter prisão domiciliar revogada pelo STJ

Tunay Pereira Lima foi detido em casa, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, pela Polícia Federal

Na noite desta segunda-feira (4), a Polícia Federal (PF) prendeu Tunay Pereira Lima, apontado como sócio de Glaidson Acácio dos Santos, o “faraó dos bitcoins”.

Tunay é suspeito de participar do esquema que Glaidson, segundo as investigações, estava à frente e que movimentou pelo menos R$ 38 bilhões por meio de uma empresa suspeita de aplicar o golpe conhecido como “pirâmide” financeira.

A empresa onde Tunay era sócio de Glaidson, a G.A.S. Consultoria Bitcoin, prometia 10% de lucro em investimentos de clientes no mercado de criptomoedas. Em agosto de 2021, o a “Operação Kryptos”, do Ministério Público Federal (MPF) e da PF desmontou o esquema e prendeu suspeitos de integrarem o grupo criminoso.

Prisão domiciliar revogada

Tunay foi detido após oministro Jesuino Rissato, relator do caso no Superior Tribunal de Justiça (STJ), revogar sua prisão domiciliar.Para chegar à decisão, o ministro levou em conta que as atividades da G.A.S – de Tunay, Glaidson e outros – causaram “enorme abalo à ordem pública e intranquilidade social”.

Rissato também cita “malas de dinheiro” com moeda estrangeira encontradas na casa de Tunay na época em que a operação que levou Glaidson para a cadeia foi deflagrada.

A alternativa à cadeia foi concedida, pelo presidente do tribunal, ministro Humberto Martins, em janeiro. Com a revogação, Tunay foi encontrado e detido pelos policiais em casa, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.

Relembre o caso

A Operação Kryptos, da Polícia Federal, tinha como objetivo desarticular a organização criminosa responsável por fraudes bilionárias envolvendo criptomoedas. O dono da GAS Consultoria, Glaidson Acácio dos Santos, é um dos alvos e foi preso pelos agentes em 25 de agosto de 2021. Ele já teve dois Habeas Corpus negados pela Justiça.

A empresa é apontada como fachada para um dos maiores esquemas de pirâmide financeira do país. Segundo as investigações do MPRJ, PF e Receita Federal, Glaidson movimentou em seis anos, R$ 38 bilhões em suas contas. A investigação também descobriu que Mirelis Yoseline Diaz Zerpa, a esposa do ‘Faráo’ é quem coordena a parte financeira do esquema. Ela está foragida e é procurada pela Interpol.

Ambos, por meio da GAS Consultoria, ofereciam 10% de retorno por mês a quem quisesse investir em bitcoins por intermédio deles. O esquema, de acordo com a Federal, atraiu milhares de pessoas de todo o Brasil e fez o caso ganhar notoriedade.

A operação suspeita deu a Cabo Frio a alcunha de “Novo Egito” e fez a cidade virar pauta por quatro semanas consecutivas no Fantástico, um dos maiores programas de jornalismo da TV brasileira. A reportagem revelou detalhes das investigações e apontou que a maior parte do dinheiro investido por vítimas de esquema de criptomoedas ia para contas pessoais de Glaidson e de outros chefes da organização criminosa.

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