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SÃO PEDRO/ MPF quer saber por que Museu do Sal custou três vezes mais que o previsto e nunca foi aberto

No despacho, procurador solicita documentação comprovando origem do recurso utilizado, bem como a aprovação e prestação de contas das verbas federais utilizadas no museu inaugurado há quase 2 anos. Prefeitura disse que ainda não foi notificada

O Ministério Público Federal quer saber por que o Museu do Sal, de São Pedro da Aldeia, nunca foi aberto à visitação pública desde que foi inaugurado, há pouco mais de um ano e nove meses. Além disso, o órgão pede informações sobre a origem das verbas públicas (federais, estaduais ou municipais) utilizadas para a construção/funcionamento, comprovado por documento, bem como se houve prestação/aprovação das contas referentes às verbas federais utilizadas.

E mais: no despacho, o procurador do MPF, Bruno de Almeida Ferraz questiona o porquê do custeio das obras ter sido três vezes o valor previsto, com contratação de, pelo menos, três empresas distintas. A prefeitura aldeense terá 20 dias para informar o que foi solicitado.

O 1º Museu do Sal do País fica às margens da RJ-140, no bairro Balneário, e foi inaugurado em 30 de dezembro de 2020, no fim da gestão do então prefeito Cláudio Chumbinho.

O casarão do Museu Regional do Sal Manoel Maria Mattos foi construído em área doada por um empresário herdeiro dos pioneiros da indústria salineira na região. No entanto, o local que seria ponto turístico e cultural da cidade, e que iria mostrar aos visitantes imagens e objetos com as formas de produção, que teve seu auge nas décadas de 50 e 60, nunca teve as portas abertas para a população conhecer. No salão de exposição, foram colocados objetos referentes às salinas, como rodos, moinhos, carrinhos e outros, além da estátua de um salineiro em tamanho natural.

Na época da inauguração, em pela pandemia, apenas o prefeito, funcionários da prefeitura e o empresário que doou o terreno participaram do ato.

Apesar de ter ficado pronto e entregue em dezembro de 2020, a obra foi licitada em 2015 para ser entregue em 2016. O valor do custo, na época, foi orçado em R$ 1,1 milhão, com repasse de R$ 975 mil do governo federal.

Em novembro de 2017, a empresa que ganhou a licitação e iniciou a construção desistiu da obra, e o contrato foi rescindido. Outra licitação foi aberta em 2018 e nova empresa contratada. Depois disso, houve nova empresa para assumir a obra até o final.

Atá o fechamento desta matéria, a prefeitura de São Pedro da Aldeia ainda não havia sido notificada do pedido do MPF, e iria atualizar informações sobre a situação do espaço.

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