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Região dos Lagos tem aumento nos casos de dengue neste mês de janeiro; uma internação foi registrada

Informações levantadas pelo RC24h indicam aumento nos casos em Araruama, São Pedro da Aldeia e Arraial do Cabo neste mês de janeiro, em contraste com a diminuição em Iguaba Grande, comparado ao ano anterior

Em 2023, dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicaram que o Brasil foi o país com o maior número de casos de dengue no mundo, com 2,9 milhões de pessoas contaminadas. Ao que tudo indica, neste início deste ano, o panorama segue o mesmo ritmo, com cidades e um estado decretando epidemia da doença. Na Região dos Lagos, até este início de fevereiro, os índices são alarmantes.

No Rio de Janeiro, a situação é crítica. A capital fluminense decretou epidemia em decorrência do aumento de casos, com, neste início de ano, mais de 10 mil. A situação é refletida nos demais municípios do estado, o que inclui a Região dos Lagos.

De acordo com a apuração feita pelo Portal RC24h, dos sete municípios da Região dos Lagos, percentualmente, Araruama foi o que registrou maior acréscimo. Na segunda colocação vem São Pedro da Aldeia, que além de ocupar esta posição no quesito percentual, está no primeiro lugar quando o assunto são números. A terceira colocação pertence a Arraial do Cabo. Em Cabo Frio, apesar de ser a cidade com o menor aumento de contaminações, foi registrada uma internação em decorrência da doença.

Ao contrário da tendência, a cidade de Iguaba Grande apresentou queda no número de casos.

Confira o panorama de cada cidade:

No município de Araruama, conforme informações da FGV EMAp, no início de 2024, foram registrados dez casos estimados de dengue, contra um um do mesmo período de 2023. Isso equivale a um aumento de 900%.

Em São Pedro da Aldeia, por exemplo, conforme dados da Escola Aplicada de Matemática da Fundação Getúlio Vargas (FGV EMAp), em janeiro de 2023, foram identificados 13 casos estimados de dengue. Neste ano, no mesmo período, a prefeitura afirma que houve o registro de 42 contaminações pela doença. Isso equivale a um aumento de 223%.

Para evitar o agravamento do estado dos infectados, a prefeitura orienta que, aqueles que identifiquem sintomas como febre alta, dor de cabeça intensa, dor atrás dos olhos, mal estar, perda de apetite, náuseas e vômitos, além de dores musculares e articulares, a orientação é se dirigir aos postos de saúde ou ao Pronto-socorro Municipal.

Apesar do aumento, o município aldeense destaca que nenhuma das contaminações foram graves, não havendo necessidade de internação, e nenhum óbito.

Em Arraial do Cabo, de acordo com a prefeitura, foram registrados cinco casos de dengue durante o primeiro mês do ano. Quase todos os contaminados, conforme dados disponibilizados pelo município, são oriundos de outras localidades: duas pessoas do Rio de Janeiro e duas de Minas Gerais. Nenhum dos enfermos necessitou de internação e também não houve óbito em decorrência da doença na cidade.

Neste mesmo período em 2023, segundo dados da FGV EMAp, foram identificados dois casos estimados da doença. Isso significa um aumento de 150%.

Dados da FGV EMAp também apontam que Saquarema apresentou um aumento significativo de casos estimados em comparação aos meses de janeiro de 2023 e 2024. Enquanto no ano passado a cidade apresentou cinco contaminações, neste ano, foram registradas nove. Isto representa um aumento de 80%.

Já em Cabo Frio, até o segundo dia de fevereiro, foram constatados pelo município 32 casos de dengue, com uma internação em decorrência da doença e nenhum óbito. Em 2023, segundo dados da FGV EMAp, foram estimadas 20 contaminações, o que equivale a um aumento de 60%.

A prefeitura afirma que os vírus circulantes identificados até o momento são os DENV1 e DENV2, sendo crianças de até dez anos com maior número de incidência da doença, com dez casos confirmados.

Na contramão da crescente dos municípios da Região dos Lagos, Iguaba Grande registrou queda no número de contaminações pela doença. O decréscimo, de acordo com dados disponibilizados pelo município, foi de aproximadamente -43%.

No primeiro mês de 2023, foram registrados 14 casos de dengue. Já neste ano, durante o mesmo período, o número caiu para oito, com nenhuma internação ligada a doença, nem óbito.

A cidade de Búzios não forneceu dados até o fechamento desta matéria.

No total, a Região dos Lagos registrou um aumento de aproximadamente 108% no número dos casos, sendo que este valor pode aumentar, já que Búzios não forneceu os dados até o momento.

Confira a tabela:

CidadeCasos em janeiro de 2023Casos em janeiro de 2024Aumento/ReduçãoInternação
Araruama110900%Não foi informado
São Pedro da Aldeia13 42 223%0
Arraial do Cabo25150%0
Saquarema5980%Não foi informado
Cabo Frio203260%1
Iguaba Grande148-43%0
BúziosNão foi informadoNão foi informadoNão foi informadoNão foi informado
TOTAL55106108%

Quais medidas estão sendo tomadas?

Os municípios destacaram que estão implementando estratégias diversificadas para combater a proliferação do Aedes Aegypti. Em Arraial do Cabo, o foco está no monitoramento intensivo de casos suspeitos de dengue, com a colaboração de um comitê interno de arboviroses, incluindo diversos setores como Vigilância em Saúde e Atenção Primária. A cidade afirma estar promovendo a educação e prevenção através da distribuição de panfletos e ações de controle de vetores por agentes de endemias.

“Seguimos com as ações de educação e prevenção, com divulgação de panfletos que ressaltam a campanha “10 minutos salvam”. Além disso, as ações de controle de vetores realizados pelos agentes de endemia continuam sendo executadas no território de Arraial do Cabo, mas ressaltamos a importância das medidas de controle da proliferação do mosquito a serem realizadas por cada munícipe da cidade”, destaca o município.

Em Cabo Frio, a prefeitura adotou medidas como a intensificação do controle de criadouros com larvicidas, visitas domiciliares e campanhas de conscientização nas redes sociais. Além disso, afirma que estimula a eliminação de possíveis criadouros pelos cidadãos e promove a capacitação de profissionais da saúde para um melhor manejo clínico dos casos.

Iguaba Grande também afirma que está promovendo ações que incluem a distribuição de panfletos informativos e o aumento das visitas dos Agentes de Combate às Endemias (ACE). A campanha “10 minutos salvam vidas” é uma das iniciativas destacadas para incentivar a revisão semanal de possíveis criadouros em domicílios, complementadas por bloqueios de transmissão após a confirmação de casos.

Já São Pedro da Aldeia reforça que realiza um trabalho periódico de controle, com verificações e orientação à população por parte dos agentes de endemias, como parte de um esforço contínuo para evitar a disseminação do mosquito.

Graduada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida e pós-graduanda em Assessoria de Imprensa, Jornalismo Estratégico e Gestão de Crises pela Universidade Castelo Branco.

Já atuou como apresentadora na Jovem TV Notícias, em 2021. Escreve pelo Portal RC24h há três anos e atua, desde julho de 2022, como repórter do Jornal Razão, de Santa Catarina.

É autora publicada, com duas obras de romance e mais de 500 mil acessos nas plataformas digitais.

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