Na última sexta-feira (30), 19 pinguins-de-Magalhães, que encalharam na costa norte fluminense, foram devolvidos ao mar após serem reabilitados no Instituto BW, localizado em Praia Seca, Araruama. A instituição, que atua na Região dos Lagos e no Norte Fluminense, realizou o resgate dos animais durante os meses de julho e agosto, após eles serem encontrados debilitados e necessitando de cuidados veterinários intensivos.
Os pinguins foram soltos a 84 km da costa da cidade do Rio de Janeiro, em uma corrente oceânica quente do Atlântico Sul, que deve ajudar os animais a retomarem seu processo migratório em direção à Patagônia Chilena e Argentina. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) foi responsável por monitorar e identificar a corrente marítima ideal para a reintrodução dos animais na natureza.
Conforme o informações, os animais chegaram ao Instituto BW em estado crítico, muitos apresentando hipotermia, parasitas e problemas pulmonares. Durante a reabilitação, receberam tratamentos que incluíram hidratação, aquecimento e medicação, além de exames laboratoriais e de imagem.
A operação contou com a parceria do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), da Marinha do Brasil e do Ministério Público Federal (MPF). O transporte dos animais até o ponto de soltura foi realizado pelo Navio AvPq Aspirante Moura (U-14), da Marinha do Brasil, que garantiu o retorno seguro dos pinguins ao seu habitat natural.
De acordo com o instituto, a maioria dos pinguins soltos eram fêmeas jovens, nascidas neste ano, e todos foram monitorados pelo Projeto de Monitoramento de Praias, da Petrobras. Segundo a coordenadora de veterinária do Instituto BW, Paula Baldassin, a reabilitação dos animais é um processo complexo, mas ver os pinguins retornando à natureza é extremamente gratificante.
“A reabilitação desses animais é um processo desafiador, pois esses animais já chegam em nossos centros de reabilitação necessitando de tratamento veterinário intensivo, muitos não conseguem sobreviver. E devolver esses indivíduos para a natureza é extremamente gratificante, ainda mais quando conseguimos apoio de muitas instituições, um excelente trabalho em equipe!”, disse a coordenadora.
Fonte: G1.
Ludmila Lopes
Graduada em Jornalismo pela Universidade Veiga de Almeida. Já atuou como apresentadora na Jovem TV Notícias, em 2021. Escreve pelo Portal RC24h há 4 anos e atua, desde 2022, como repórter no Jornal Razão, de Santa Catarina. É autora publicada, com duas obras de romance e quase 1 milhão de acessos nas plataformas digitais.
Vencedora do 6º Prêmio Prolagos de Jornalismo Ambiental, na categoria web.