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MUSEU, PRA QUÊ?/ Evento discute importância da preservação de memórias de São Pedro da Aldeia

Em comemoração ao dia Internacional do Museu, celebrado nesta quinta-feira (18), Coletiva Gecay promove trocas com mestres da pesca artesanal, historiadores, pesquisadores e população no dia 28 de maio

No dia 18 de maio foi celebrado o dia Internacional do Museu e, a fim de fomentar discussões sobre o tema, a Coletiva Gecay, com o apoio da Associação dos Pescadores Artesanais da Praia da Baleia, realiza o evento “MUSEU, PRA QUE?”.

O evento, de grande importância para os moradoras de São Pedro da Aldeia, vai falar sobre as ideias de museu e sua importância. “Esse é um debate para ontem, já que há uma lacuna na cidade envolvendo nossos patrimônios históricos, culturais e ambientais, em que nossa História ainda é apresentada oficialmente de forma a favorecer e romantizar a colonização e o projeto de cidade que se seguiu até os dias atuais causando um apagamento de fatos relevantes para entendermos quem somos hoje enquanto população aldeense”, afirma Vanessa Dias, da Coletiva Gecay.   

Como exemplo, ela cita o ilustre caso do Museu do Sal, inaugurado no dia 30 de dezembro de 2020, mas que até hoje não foi aberto ao público e o Museu da Aviação Naval, criado em 2000, voltado para o militarismo e sua ocupação da cidade.

“A criação desses museus não teve diálogo com a população, foi uma política de cima para baixo, o que é uma visão ultrapassada sobre o papel dos museus e nos faz questionar quais memórias estão sendo preservadas na cidade e a real preocupação das gestões públicas em incentivar e investir na coletivização dos debates sobre patrimônio e memória”, completou.

No dia 28 de maio, a intenção do evento é uma manhã com trocas sobre a importância da preservação de memórias do território aldeense, ideias de museu e qual é o seu papel, um espaço voltado para histórias e culturas locais tendo a Lagoa de Araruama como cenário, um verdadeiro museu aberto, com participação de mestres da pesca artesanal, historiadores, pesquisadores e população.

“Quando o Estado assume a função de resguardar o patrimônio, também assume a responsabilidade pela elaboração de um determinado discurso sobre aquilo que deve ser lembrado e como deve ser lembrado. Da mesma maneira, também se incumbe do poder de escolher o que será esquecido”. Trecho retirado do caderno 1 do curso de Inventário participativo do IBRAM.

Evento:

DATA: 28 DE MAIO

HORÁRIO: 09h30

LOCAL: ASSOCIAÇÃO DOS PESCADORES ARTESANAIS DO BAIRRO BALEIA, São Pedro da Aldeia-RJ.

PROGRAMAÇÃO:

9:30h: Abertura do evento com a Coletiva Gecay.

9:50h: “Educação Patrimonial na Construção do Saber”. Historiadora Fernanda Lopes Barroso.

1030h: “a importância da preservação e cultivo da memória territorial”. Historiador Pierre de Cristto.

11h: “A pesca artesanal e a Lagoa de Araruama como patrimônios aldeenses”. Roda de conversa com os Pescadores do Bairro da Baleia.

O evento é uma realização da Coletiva Gecay, coletiva de estudos, preservação e nutrição de memórias, patrimônios e culturas do território nominado São Pedro da Aldeia-RJ pelos invasores. E tem apoio da Associação dos Pescadores Artesanais da Praia da Baleia.

Para conhecer a Coletiva Gecay e estar por dentro do evento, basta seguir a página no Instagram @coletivagecay!

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