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EXCLUSIVA/ Mesmo com 13º na conta, ceia natalina vai pesar no bolso do cabo-friense

Disparada de preços dos produtos que vão para a mesa do brasileiro na noite do dia 24 e almoço do dia 25 vai fazer com que muitos repensem a comemoração

A noite de Natal terá um gostinho diferente em 2021. Agora, que mais de 60% da população brasileira foi completamente imunizada contra a Covid-19, reuniões familiares acontecerão em maior número, e, consequentemente, haverá o aumento nas compras dos itens tradicionais da ceia natalina.

Por outro lado, a disparada de preços dos produtos que vão para a mesa do brasileiro na noite do dia 24 e almoço do dia 25, vai fazer com que muitos repensem a Ceia.

Em Cabo Frio, o pagamento adiantado do 13º salário pela prefeitura contribuiu com a animação dos consumidores em relação à tão esperada data. O único porém é que, mesmo com dinheiro ‘in cash’, o aumento gradativo de valores nos supermercados fazem com que, talvez, isso não seja o suficiente.  

No município, de acordo com os compradores, os preços estão ‘de assustar’. O preço do quilo do peru, prato principal para quem realiza a ceia tradicional, sofreu aumento superior a 55%, passando de R$ 17,98 para R$ 27,98. O Chester, por exemplo, apresentou valor médio de R$ 30, sendo 1,79% maior que no ano anterior, que custava R$ 29,49.

Já o panetone, um dos queridinhos da ceia natalina, passou, em média, de R$ 15 para R$ 20 – um aumento de 33,33%. O vinho, bebida típica desta época, tem como menor valor encontrado R$ 8,90, diminuindo 36% em relação a 2020, que estava R$ 13,99.

‘VOLTAMOS A VIVER A INFLAÇÃO’

Márcia Pinho, professora da rede pública de Cabo Frio, diz que o adiantamento do 13º salário ajuda, mas que não comprará os mesmos itens do ano anterior. “As coisas tiveram um aumento expressivo. O chester está um preço exorbitante! Voltamos a viver um tempo de inflação. Ajuda bastante (o adiantamento do salário), porque podemos nos programar e pesquisar no mercado os preços mais baratos, mas não vou comprar os mesmos produtos”, conta.

Além disso, Márcia explicou que vai adaptar a ceia devido aos valores. “Vou comprar frutas da época, não as que quero, mas as da época, para que o jantar tenha qualidade e saia mais em conta”, conclui.

Outro fator que também pode prejudicar nas compras natalinas é o escândalo das pirâmides financeiras na cidade. Muitas famílias investiram as economias em empresas que prometiam altos lucros, mas, ao invés disso, fecharam as portas e deixaram as finanças retidas.

Ieda Dutra, autônoma, diz que contava com o dinheiro para fazer as compras de fim de ano. “Atrapalhou muito! Aqui em casa, nós contamos com cada centavo. É bem provável que não consigamos comprar o que normalmente compraríamos em outros anos”, lamenta.

ALTA DE PREÇOS

Alcimar das Chagas Ribeiro – economista

O economista Alcimar das Chagas Ribeiro explicou para o Portal RC24h o motivo dessas altas. “Muitos desses produtos são importados, e a taxa de câmbio do dólar está bem valorizada frente ao real, fazendo com que essa compra fique muito cara e por isso os preços são elevados”, explica.

Além disso, de acordo com Alcimar, Márcia está indo pelo caminho correto ao escolher itens mais acessíveis para compor o jantar. “O interessante é que as famílias busquem substituir esses produtos que vêm de fora por nacionais, que também estão caros, mas são mais acessíveis”, diz.

As altas não acontecem apenas no município, e, sim, em todo o país. Uma comparação feita pela FIPE mostra que, em relação a 2020, quase todos os produtos citados na matéria tiveram alta. Confira:

Graduada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida e pós-graduanda em Assessoria de Imprensa, Jornalismo Estratégico e Gestão de Crises pela Universidade Castelo Branco.

Já atuou como apresentadora na Jovem TV Notícias, em 2021. Escreve pelo Portal RC24h há três anos e atua, desde julho de 2022, como repórter do Jornal Razão, de Santa Catarina.

É autora publicada, com duas obras de romance e mais de 500 mil acessos nas plataformas digitais.

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