O Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) manteve, nesta segunda-feira (26), a prisão da irmã do chefe do tráfico de drogas da comunidade Sinagoga, em Cabo Frio, em Unamar, e do seu companheiro após retirarem um bebê de um ano dos braços da avó biológica por parte de mãe. O casal, que, segundo denúncias, tem ligações com o tráfico de drogas, foi preso durante a Operação Salomão, realizada na última sexta-feira (23), no município.
A 126ª DP (Cabo Frio), que investiga o caso, tenta descobrir como a mulher, identificada apenas pelas iniciais P.S, e o homem obtiveram a certidão de nascimento falsa da criança. No documento, o companheiro da parente do chefe do tráfico consta como pai da menor. P.S teria alegado em depoimento que o seu parceiro seria o pai biológico da bebê, no entanto, o delegado da distrital, Carlos Eduardo Almeida afirmou que o depoimento da mulher só será levado em conta em juízo.
De acordo com as investigações, a irmã de um dos traficantes locais, que não pode ter filhos, teria se encantado pela menor e solicitado ajuda ao irmão para ficar com ela. O homem, então, determinou que a avó da bebê fosse levada ao interior da comunidade, onde passou por uma sessão de tortura e, ao final, teve a criança arrancada dos braços.
O caso aconteceu em julho deste ano. O casal deu entrada no sistema prisional, onde permanecerão à disposição da Justiça. A bebê e a avó foram encaminhadas para atendimento psicológico.
Diligências seguem em busca de mais quatro envolvidos no crime que estariam ligados ao “tribunal do tráfico” da comunidade Sinagoga.
Com informações do O Dia**