22/12/2024 — 16:04
  (Horário de Brasília)

Justiça condena Dr. Aluízio Júnior, ex-prefeito de Macaé, por improbidade administrativa

Vereador José Franco de Muros também foi condenado, perdendo os direitos políticos, assim como Dr. Aluízio, por 14 anos. Tribunal determinou ainda que réus paguem R$ 300 mil a título de danos morais coletivos

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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) obteve na segunda instância da Justiça a condenação do ex-prefeito de Macaé, Dr. Aluízio Júnior, por atos de improbidade administrativa e a manutenção da condenação dos demais réus, entre os quais, o vereador José Franco de Muros, mais conhecido como Zé Prestes.

Com a decisão, Dr. Aluízio tem direitos políticos suspensos por 14 anos e José Franco de Muros, além da suspensão dos direitos políticos por igual prazo, perde a função de vereador. Os réus foram condenados ainda ao pagamento de R$ 300 mil, a título de dano moral coletivo, uma vez que direitos extrapatrimoniais da sociedade macaense foram violados.

O acórdão da Terceira Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça foi proferido no âmbito de recurso apresentado pela 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Macaé.

O MPRJ demonstrou que o ex-prefeito participou do esquema de “rachadinha” operado pelo então secretário municipal de Agroeconomia, Alcenir Maia Costa, e pelo vereador José Franco de Muros, o Zé Prestes, na referida secretaria. Aluízio teria assegurado ao vereador ingerência sobre a secretaria Municipal de Agroeconomia em troca de apoio político na Câmara, segundo a investigação. Ou seja, os cargos de livre nomeação seriam preenchidos por indicação do vereador que, em contrapartida, votaria conforme os interesses de Aluízio.

Foi nesse contexto que Dr. Aluízio nomeou Alcenir ao cargo de secretário municipal de Agroeconomia a pedido de Zé Prestes. Eles, então, exigiam que os servidores nomeados na pasta repassassem parte das remunerações.

“Em resumo, o [ato de improbidade admistrativa] ocorreu por solicitação do vereador José Franco de Muros, e então o chefe do Poder Executivo Municipal nomeou, em tempo recorde, pessoas indicadas por seu aliado político para ocuparem os mais altos cargos de determinada secretaria municipal. A simples solicitação do dito vereador fez com que pessoas a ele ligadas passassem a ocupar cargos do alto escalão da administração pública municipal sem que fosse realizado qualquer questionamento e/ou procedimento prévio à nomeação”, diz trecho da decisão.

Kauã Barreto
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