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Julgamento do ‘Faraó dos Bitcoins’ é adiado após invasão de ‘fãs’ e expulsão de desembargador

Realizado de forma virtual pela plataforma Zoom e adiado para a semana que vem, julgamento tratava de um habeas corpus solicitado pela defesa de Glaidson Acácio, preso há 11 meses após ter sido acusado pela PF de montar um esquema de pirâmide bilionário com sede em Cabo Frio

Uma sessão da 2ª Turma Especializada do TRF-2 foi teve que encerrar os trabalhos, na tarde desta terça-feira (19), após ter sido “invadida” por admiradores de Glaidson Acácio dos Santos, o “Faraó dos Bitcoins”.

O julgamento, realizado virtualmente pela plataforma Zoom e adiado para a semana que vem, tratava de um habeas corpus solicitado pela defesa de Glaidson, preso há quase um ano após ter sido acusado pela Polícia Federal de montar um esquema de pirâmide bilionário com sede em Cabo Frio. A análise da soltura foi interrompida por apoiadores do “Faraó”.

Enquanto magistrados analisavam a ação (e diversas outras), a videochamada atingiu o limite de 500 espectadores e teve o chat tomado por pessoas que afirmavam ser clientes de Glaidson na GAS Consultoria, empresa envolvida no caso. Embora abertas ao público, as transmissões do Judiciário fluminense não costumam arregimentar público tão numeroso. Interrupções são ainda mais raras, já que a interlocução é toda conduzida por membros da Corte por advogados.

O desembargador federal Flávio Lucas, presidente da Turma, chegou a chamar a atenção da plateia: solicitou que câmeras, microfones e o chat permancesse sem serem utilizados. Afirmou, então, que precisaria determinar a remoção dos usuários se o movimento continuasse. Com a insistência, determinou que eles fossem expulsos. O próprio magistrado, no entanto, acabou removido acidentalmente pela equipe do tribunal. Foi preciso abrir uma nova videochamada para continuar, enquanto o julgamento do recurso ficou para a próxima semana.

A pedido de Lucas, o registro em vídeo será enviado ao MPF para que a promotoria investigue o episódio. Os textos enviados pelo grupo de Glaidson pressionavam o colegiado a reveter a prisão dele. “Em nove anos, o Glaidson sempre pagou em dia e muitas vezes adiantado. E nunca lesou ninguém!”, escreveu um dos apoiadores. Outro fez coro: “Que essa injustiça acabe. Todos vocês são competentes e coerentes. Olhem pelo povo que sofre e perece”.

Apesar do apoio, Glaidson e a GAS são alvo de incontáveis processos movidos por pessoas que investiram recursos e acabaram lesadas pela empresa. Não à toa, em maio, foi aberto um cadastro de credores relacionado ao plano de recuperação judicial do grupo.

*Com informações de O GLOBO

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