O município de Iguaba Grande tem registrado crescimento expressivo no aparecimento de animais peçonhentos em áreas urbanas. Segundo a Guarda Ambiental, o aumento está diretamente ligado à grande quantidade de áreas secas e queimadas na cidade, que reduzem o habitat natural desses animais e os forçam a buscar abrigo e alimento dentro de residências.
De acordo com o coordenador da Guarda Ambiental, Rodolfo Araújo, a remoção de serpentes das casas se tornou rotina nas últimas semanas. “Com a destruição do habitat e das fontes de alimento e de água, as serpentes procuram em algumas casas essas duas fontes. Estamos com uma estimativa de dois a três resgates por plantão”, informou.
Ainda segundo a Guarda Ambiental, os resgates são mais frequentes em imóveis que possuem entulho acumulado ou vegetação densa ao redor. Resíduos como restos de madeira, telhas e tijolos criam ambientes favoráveis para a presença de roedores e baratas, que são presas naturais das cobras. Com a oferta de alimento e abrigo, as serpentes acabam sendo atraídas para esses locais.
Diante da recorrência de encontros com esses animais, a Guarda Ambiental orienta que moradores que se depararem com cobras dentro de suas residências mantenham a calma, se afastem lentamente e evitem movimentos bruscos que possam assustar o animal. É recomendado também que a pessoa mantenha a serpente sob observação, sem tentar capturá-la, e acione imediatamente a Guarda Ambiental pelo número 153 ou a ouvidoria da prefeitura pelo telefone (22) 99282-5930.
Os agentes destacam que, ao receber a solicitação, a equipe realiza o resgate seguro do animal e o devolve ao seu habitat em áreas de preservação. O objetivo é evitar acidentes e minimizar os impactos causados pelo contato direto entre moradores e animais peçonhentos.
Com a expectativa de prolongamento do período seco, a Guarda Ambiental reforça a necessidade de cuidados por parte da população para evitar situações de risco. Entre as recomendações estão manter quintais limpos, remover entulhos e evitar acúmulo de materiais que possam servir de abrigo ou esconderijo para cobras e outros animais.
Ludmila Lopes
Graduada em Jornalismo pela Universidade Veiga de Almeida. Já atuou como apresentadora na Jovem TV Notícias, em 2021. Escreve pelo Portal RC24h há 4 anos e atua, desde 2022, como repórter no Jornal Razão, de Santa Catarina. É autora publicada, com duas obras de romance e quase 1 milhão de acessos nas plataformas digitais.
Vencedora do 6º Prêmio Prolagos de Jornalismo Ambiental, na categoria web. Pós-graduanda em Assessoria de Imprensa, Jornalismo Estratégico e Gestão de Crises pela Universidade Castelo Branco (UCB).
