O grupo de pesquisa (GP) do curso de Jornalismo da Universidade Veiga de Almeida (UVA), campus Cabo Frio, conquistou o prêmio na categoria Pesquisa em Graduação durante o Intercom Sudeste 2025, ocorrido entre os dias 15 e 17 de maio na PUC-Campinas, (SP), o maior congresso de comunicação da região. O GP apresentou a pesquisa vencedora, intitulada “Formação cultural e identitária em Arraial do Cabo”, no Grupo de Trabalho (GT) Folkcomunicação e Cultura Popular.
“Iniciamos nosso grupo de pesquisa e, em menos de um ano, obtivemos a bolsa de iniciação científica da CNPq para Camily e já conquistamos. Esta seleção e premiação. Sem dúvidas temos muito trabalho a frente. Mas os resultados estão vindo. A conquista é de todos alunos do curso˜, comemora Daniel Paes, coordenador do curso e orientador da pesquisa cujos estudantes Caio Gervazoni e Camily Rocha, estão a frente.
A investigação parte da metodologia do jornalismo como ferramenta para criar produtos comunicacionais acerca da cultura popular da Região dos Lagos. Especificamente, aborda a trajetória da maestrina Susana Cazaux, fundadora do coral Marearte, reconhecido como patrimônio imaterial do estado do Rio de Janeiro.
O estudo investiga como a atuação de Susana contribui para a formação da identidade cultural cabista e para a preservação da memória coletiva de Arraial do Cabo.
Participar do congresso Intercom e conquistar o prêmio representa mais do que um reconhecimento acadêmico, é a confirmação da relevância de se olhar com atenção para as histórias e identidades locais. “Estou muito orgulhoso da nossa participação no Intercom e do prêmio. Foi uma jornada que começou há quase um ano, na entrevista com a Suzana. Depois de muitos ajustes na pesquisa, fomos aprovados, partimos para essa aventura e voltamos com o troféu”, disse Caio Gervazoni, estudante de Jornalismo e autor da pesquisa premiada.
Ao ser questionada sobre o momento da premiação e a importância do jornalismo para a valorização da cultura local, a estudante Camily Rocha, autora da pesquisa, destacou: “Foi um momento de muita felicidade e realização. Fizemos o trabalho com muita dedicação — cada processo da pesquisa, cada estudo e entrevistas realizadas. Nosso orientador e professor Daniel Paes foi o pilar principal dessa conquista, desde a formação do grupo de pesquisa até a chegada ao Intercom Sudeste. Esse prêmio me motivou ainda mais a continuar pensando no jornalismo como uma ferramenta de preservação da memória e da cultura.”
“Foi muito bom rompermos fronteiras e conhecermos tantas pesquisar próximas das nossas no campo da Folkcomunicação”, afirma prof. Daniel agradecendo os comentários e a receptividade de todos os demais colegas do GT que foi coordenado pelos profs. Andriolli Costa e Matheus Schwab da UERJ. “A participação do grupo de jornalismo da UVA no GT de Folkcomunicação e Culturas Populares foi uma grata surpresa. A apresentação, marcada pela incerteza da classificação da maestrina como agente folkcomunicacional, é síntese do próprio trabalho do pesquisador de campo: a inquietação da dúvida, a busca pelo diálogo, a expansão dos horizontes teóricos. É uma alegria ter podido colaborar nesse processo”, comemora o prof. Costa.
O prof. Daniel Paes aproveitou ainda para enaltecer o trabalho de pesquisa da UVA: “importante citar o apoio da Direção de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Inovação da UVA nas pessoas do prof. Carlos Canejo e do prof. Cleyton Martins. Já para a reitora da UVA, profa. Danielle Fialho, “Notícias como esta nos dá energia para continuar e para sabermos que estamos no caminho certo”.
Mesmo com pouco tempo de existência, o grupo de pesquisa do curso de Jornalismo da UVA Cabo Frio já demonstra potencial para contribuir com o debate acadêmico e valorizar as histórias locais. Na próxima fase da pesquisa, o grupo pretende apresentar uma página com fotos, vídeos e textos acerca da maestrina com intuito de servir de banco de dados básico para outras pesquisas. Assim seguirão, narrando as histórias de quem faz comunicação do povo para o povo revelando outros personagens que fazem parte das memórias não oficiais, fundamentais para a preservação da identidade cultural da baixada litorânea, mais conhecida como Região dos Lagos.
Ludmila Lopes
Graduada em Jornalismo pela Universidade Veiga de Almeida. Já atuou como apresentadora na Jovem TV Notícias, em 2021. Escreve pelo Portal RC24h há 4 anos e atua, desde 2022, como repórter no Jornal Razão, de Santa Catarina. É autora publicada, com duas obras de romance e quase 1 milhão de acessos nas plataformas digitais.
Vencedora do 6º Prêmio Prolagos de Jornalismo Ambiental, na categoria web. Pós-graduanda em Assessoria de Imprensa, Jornalismo Estratégico e Gestão de Crises pela Universidade Castelo Branco (UCB).
