O empresário Glaidson Acácio dos Santos, dono da GAS Consultoria, continua preso em uma unidade penitenciária no Rio de Janeiro nesta quinta-feira (26).
A empresa, que tem sede em Cabo Frio, é investigada por suspeita de pirâmide financeira envolvendo transações com criptomoedas.
O ex-garçom foi preso nesta quarta-feira (25), durante a Operação Kryptos, realizada pela Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público Federal e a Receita Federal. Glaidson foi localizado e detido em uma mansão onde mora na Zona Oeste da capital. Ele também é proprietário de um residência no Condomínio Moringa, em Cabo Frio.
Durante a força-tarefa, foram apreendidos mais de R$147 milhões em bitcoins, que estavam em carteiras físicas, além de quase R$14 milhões em espécie, libras esterlinas, euros, carros de luxo, joias, relógios e documentos.
Outras quatro pessoas também foram presas durante a operação. Entre elas, a esposa de Glaidson, a venezuelana Mirelis Yoseline Dias Zerpa; e um trader identificado como Arthur dos Santos Leite, contratado da GAS, que estava em Cabo Frio.
INVESTIGADA HÁ DOIS ANOS
A GAS Consultoria já era investigada há, pelo menos, dois anos pelo esquema de pirâmide e tinha o maior número de investidores em Cabo Frio.
Glaidson prometia lucros de 10% ao mês sobre os valores aportados pelos investidores em criptomoedas. A empresa não possui site nem redes sociais. O telefone disponível na Receita Federal também não funciona.
Conforme a PF, “nos últimos seis anos, a movimentação financeira das empresas envolvidas nas fraudes apresentou cifras bilionárias, sendo certo que aproximadamente 50% dessa movimentação ocorreu nos últimos 12 meses”.
Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
ASCENSÃO DE GLAIDSON
Conforme registro do Ministério do Trabalho, Glaidson trabalhava como garçom até 2014 e ganhava cerca de R$ 800 por mês.
Neste ano, o empresário comemorou o aniversário com um show particular do cantos João Gabriel e, dois meses depois, mais de R$ 7 milhões foram apreendidos em um helicóptero. Segundo as investigações, o dinheiro, dividido em três malas, seria levado para São Paulo por um casal que trabalhava para a GAS.
Em depoimento à polícia, Glaidson chegou a negar que operava criptomoedas. Ele disse trabalhar com “inteligência artificial, tecnologia da informação e produção de softwares”, exatamente o oposto do que dizia para os clientes: que investia no ramo de moedas virtuais há nove anos.
Pós-graduada em Jornalismo Investigativo pela Universidade Anhembi Morumbi; e graduada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida.
Atuou como produtora/repórter na Lagos TV, Coordenadora de Programação na InterTV - Afiliada da Rede Globo, apresentadora na Rádio Costa do Sol FM e editora no Blog Cutback. É repórter no Portal RC24h desde 2016 e coordenadora de reportagem desde 2023, além de ser repórter colaboradora no jornal O Dia/Meia Hora. Também é criadora de conteúdo para a Web 3.0 na Hive.
Vencedora do 3º Prêmio Prolagos de Jornalismo Ambiental, na categoria web.