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Documentário e ato do movimento negro abrem a Semana Teixeira e Sousa em Cabo Frio

Filme "Semanas de Teixeira e Sousa" foi produzido com entrevistas de personalidades que fazem parte da história do evento

Um ato do movimento negro, com discursos e palestras, e a exibição de um documentário foram as atrações na primeira noite da 31ª Semana Teixeira e Sousa em Cabo Frio, na segunda-feira (21). A programação, na Casa de Cultura José de Dome (Charitas), teve a presença de diversas personalidades e abordou a temática do racismo na sociedade.

Exibido pela primeira vez na ocasião, o documentário “Semanas de Teixeira e Sousa”, que contou a história do evento em seus mais de 30 anos, tem direção geral dos cineastas Marcos Azevedo e Luís Simpson.

No filme, com duração de 17 minutos, foram entrevistadas pessoas que fazem parte da história do evento, como a especialista em Cultura Afrodescendente Flávia de Jesus, a ativista de direitos humanos Margareth Ferreira, o secretário de Cultura de Cabo Frio, Clarêncio Rodrigues, o coordenador geral de Promoção da Igualdade Racial no município, Manoel Justino, a enfermeira Cátia Marins e o diretor do jornal Folha dos Lagos, Rodrigo Cabral.

Em seguida foi a vez do ato das instituições do Movimento Negro, em celebração ao Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial. A atividade foi iniciada pela ativista Margareth Ferreira, representante da Rede das Pretas, que também é conselheira municipal de Cultura pelo segmento de Cultura Afro.

“É motivo de muita felicidade poder encontrar tantas pessoas pretas que dão uma enorme contribuição para a nossa cidade. Este é um momento de afirmação sobre a nossa identidade. A Semana Teixeira e Sousa deve ser sempre lembrada e valorizada como uma conquista da população negra de Cabo Frio”, disse Margareth.

Ela foi seguida na fala pelo representante do Movimento Cabofriense de Pesquisas das Culturas Negras e do Instituto de Empreendedorismo Cultural, João Félix.

“Estamos em um momento histórico muito complicado. A essa altura da vida, eu pensava que muitas questões sobre o racismo já estariam resolvidas, mas parece que o Brasil retrocedeu neste sentido. Muito se fala sobre conscientizar as pessoas sobre o racismo, mas a conscientização, somente, não basta. É preciso também o enfrentamento. Não podemos ficar a vida toda só conscientizando. Quem é racista deve ser enfrentado”, afirmou ele.

Durante o evento, os participantes ressaltaram o importante papel do ex-vereador Valfredo Santos Silva, autor da lei municipal que instituiu a Semana Teixeira e Sousa, em 1991.

Também fizeram uso da palavra as seguintes personalidades: Heliamar Reis (Centro de Tradições Afrobrasileiras / Suplente Conselho Municipal de Cultura); Flávia de Jesus (Coletivo de Mulheres Afrodescendentes de Cabo Frio); Eliane Ferreira (Rede das Pretas e Movimento Cabofriense de Pesquisas das Culturas Negras); Cecília Luiz (Instituto de Pesquisa das Culturas Negras); Moyses Silva (AfroCaboFrio e Movimento Negro Unificado); Pierre de Cristo (ECOAfro); Tammy Carvalho (Conselho Municipal de Igualdade Racial); Fabio Emecê (GRIOT – Pesquisa, Memória e Difusão da Cultural Afrobrasileira); e Elenilton Ting (Tambores Urbanos).

A noite terminou com o painel de debates “Retrocessos na Luta contra o Racismo”, com mediação de Margareth Ferreira e participação de Elaine Marcelina, Idjahure Kadiwel e Babá Marcelo Monteiro.

A 31ª Semana Teixeira e Sousa, em homenagem ao romancista cabo-friense que escreveu, em 1843, o livro “O Filho do Pescador”, pioneiro do romance na literatura nacional, vai até o dia 28 de março com diversas atividades. A programação completa pode ser conferida neste link.

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