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COLUNISTA RC24H/ Diálogo pelo futuro do Rio

André Ceciliano, presidente da Alerj, faz no sábado (30) um grande encontro para debater o Rio numa casa de festas da Baixada Fluminense

Sabe aquela brincadeira que a gente faz quando pergunta pra pessoa se ela prefere ouvir primeiro a notícia boa ou a ruim? Vamos começar aqui pela ruim: desde que a capital federal foi transferida pra Brasília, nos anos 60, a economia do Rio se lascou. Agora, a notícia boa: temos hoje a faca e o queijo na mão para virar essa chave.

Nosso histórico, em números: desde os anos 1970, o Rio foi a economia do país com menor dinamismo econômico, entre todas as 27 unidades federativas. Entre 1985 e 2020, geramos mais 40,9% de empregos formais, porém o crescimento médio do Brasil foi de 125,6%. Éramos o segundo lugar em número de empregos industriais. Hoje, estamos em sexto, atrás de São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.

Continuamos sendo segundo maior PIB do Brasil, por causa da extração de petróleo, mas essa riqueza nos gera ICMS apenas sobre a gasolina, o gás e derivados que consumimos, não pelo o que produzimos, pois assim determinou a Constituição, em seu artigo 155, numa exceção à regra tributária geral do Brasil, onde o ICMS sobre todos os bens e serviços, exceto eletricidade e petróleo, é cobrado no estado de origem, não no destino.

Por isso, apesar de toda a riqueza do petróleo, estamos apenas no 13º lugar do ranking de arrecadação de ICMS per capta no Brasil, o que nos causa um grave problema de receita. Sim, temos os royalties, mas quando o humor do mercado internacional e do câmbio mudam ou a produção cai, o Rio fica sujeito a terremotos, como o que vivemos em 2016. Por isso, precisamos diversificar a nossa economia, ampliar a base de arrecadação, ser menos dependentes do petróleo.

Agora, as boas notícias: com o Fundo Soberano que aprovamos na Alerj, o Estado hoje tem condições de co-financiar investimentos estruturais que levem a nossa economia além do petróleo. Na Região dos Lagos, por exemplo, onde o turismo é uma potencialidade sem igual, podemos investir desde a segurança pública, com a instalação de câmeras nas rodovias que ligam as cidades da região, até a infraestrutura de telecomunicações, com a implementação do 5G, muito mais rápida que o 4G. Segurança e tecnologia são essenciais para a continuidade da consolidação da região dos Lagos como polo turístico do estado. Hoje, toda a região tem destaque no Mapa do Turismo, do Governo Federal, que avalia as principais cidades turísticas do país e o seu impacto na economia local e nacional. Búzios, por exemplo, está no topo dessa lista.

Assim como a economia do estado do Rio como um todo, nós sabemos que também é preciso diversificar a estrutura econômica das nossas regiões. No ápice da pandemia de Covid-19, quando os estabelecimentos foram fechados e o fluxo de pessoas no país ficou restrito, Cabo Frio (a segunda cidade do Rio melhor colocada no ranking do Ministério do Turismo) teve 58% dos moradores dependentes do auxílio emergencial para sobreviver. E essa foi a maior taxa proporcional de todas as cidades do nosso estado!

Por isso, o Fundo Soberano também pode ser uma solução para identificar e potencializar outras vocações da região. Seja através de incentivos ao Porto do Forno, em Arraial do Cabo, e ao Aeroporto Internacional de Cabo Frio, que tem o necessário para ser “um Viracopos” do nosso estado. Seja através da construção de um distrito industrial na região ou até mesmo do investimento em pesquisas acadêmicas através da Faperj.

Esse será o debate, de alto nível, que pretendemos fazer no próximo sábado, dia 30, quando reuniremos lideranças de todo o estado, de todos os partidos, vertentes e religiões, para um grande encontro, com o objetivo de pensar o estado que queremos e sobre os caminhos que temos para virar dar a volta por cima. Eu estou convencido de que esse novo momento é factível, desde que haja união de todos, diálogo; se buscarmos os pontos que nos unem e não os que nos dividem. Ou seja, se trabalharmos juntos por um objetivo comum. Com diálogo, pelo bem do Rio.

LANÇAMENTO DA PRÉ-CANDIDATURA DE ANDRÉ CECILIANO

Com a presença do pré-candidato do PT ao Senado, deputado André Ceciliano, o PT realiza neste sábado, dia 30.4, o Grande Encontro Defesa do Rio, que reunirá um grande número de prefeitos, vereadores, deputados federais e estaduais. O evento acontece na casa de shows Music Hall (antiga Via Show), na Via Dutra, em São João de Meriti, das 10h às 13h.

“O objetivo é fazer uma grande prestação de contas do nosso trabalho, na Alerj. Mostrar como o Estado estava, em 2017, quando assumi, primeiro interinamente, a presidência do Parlamento Fluminense, e como ajudamos na condução da crise. E também avaliar qual a situação do estado hoje e qual a direção que devemos ir, a partir de agora”, explica o deputado.

Respeitado pela sua capacidade de diálogo com todas as correntes políticas do estado, André Ceciliano tem 54 anos, é formado em direito, está em seu quarto mandato de deputado estadual, foi duas vezes prefeito de Paracambi e é há cinco anos preside Alerj. Tem 357 de sua autoria leis aprovadas e, à frente da Alerj, promoveu uma economia de R$ 1,5 bi. Os recursos economizados foram devolvidos para o Estado e doados para áreas estratégicas, como Saúde, Segurança e Educação.

SERVIÇO

GRANDE ENCONTRO DEFESA DO RIO

LOCAL: Music Hall – Rodovia Presidente Dutra 4.200 – São João de Meriti
DIA: Sábado (30)
HORÁRIO: 10h às 13h

*André Ceciliano é deputado estadual pelo PT e presidente da Alerj

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