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CABO FRIO / Vereadores batem boca em primeira sessão depois da suspensão de atividades da Câmara

Jean da Autoescola (PL) e Davi Souza (PDT) justificavam ausência nas últimas sessões e pediam migração para o modelo híbrido, quando foram rebatidos por Roberto Jesus (MDB)

Os vereadores Jean da Autoescola (PL) e Davi Souza (PDT) discutiram com Roberto Jesus (MDB) em sessão da Câmara de Cabo Frio nesta terça-feira (8). O motivo do bate-boca foi a ausência de parlamentares nas duas últimas sessões, suspensas por falta de quórum.

Quando Jean usava a tribuna para justificar a ausência citando os casos de COVID-19 na Casa, Davi pediu parte para reforçar que o prédio do Legislativo é insalubre e solicitou que o presidente, Miguel Alencar (DEM), migrasse as sessões para o modelo híbrido.

“A população tem que entender isso. É um prédio antigo, histórico, insalubre e que tem casos concretos frequentes de COVID”, disse Souza.

“Tivemos mortes de funcionários. Temos hoje amigos internados, onde nós estamos aqui orando, pedindo oração todo dia por ele e a gente tá vendo que ele está intubado”, emendou Jean.

Na sequência, Jean disse que é necessário, sim, que os vereadores frequentem a Casa, mas ponderou que “para representar o povo, nem sempre é só aqui dentro”. O parlamentar defendeu, nesse contexto, a realização de sessões híbridas.

Foi então que Roberto Jesus pediu parte e disse ter recebido de assessores a informação de que Jean havia acusado os vereadores que estiveram nas sessões das últimas semanas de fazer politicagem.

“O correto é vir a sessão e quem está vindo está fazendo politicagem? E todos os vereadores da base que faltaram não estão fazendo politicagem? Não veio um vereador da base. Eu só falei que era uma coincidência muito grande não ter vindo nenhum vereador da base”, argumentou Jesus.

“Agora, o senhor está falando que política não se faz aqui dentro. Mas política faz na rua. Lá na rua não tem vírus?”, continuou o emedebista.

Foi aí que o tom começou a subir, com Jean e Roberto discutindo sobre a estrutura do prédio da Câmara. Enquanto Jesus defendia que o local era arejado, Jean relembrou que houve óbito entre funcionários da Câmara.

Roberto ainda acusou o colega de não se importar com a saúde no município por não ter assinado o documento que pedia a abertura da CPI e ironizou o discurso de Jean por ele ser dono de um salão de festas.

O presidente Miguel Alencar interveio e colocou ordem na casa, apaziguando os vereadores. Davi Souza pediu a parte mais uma vez e foi atendido por Jean.

“É importante esclarecer que, na última sessão, faltaram também pessoas que não são da base. Porque, senão, vai parecer que é um movimento de base e não é. Vereadora [Alexandra] Codeço (REP) não veio, vereadora Carol [Midori] (DC) não veio, vereador Adeir [Novaes] (REP) não veio”, lembrou o líder do governo.

O vereador disse que “a gente tem que entender o que de fato está acontecendo” e voltou a pedir “sensibilidade” para analisar a proposta de sessões híbridas para dar celeridade e dinamismo para as votações, sustentando que o modelo “vai facilitar a vida de todo mundo”.

“Vereador, eu tenho 28 anos e não tenho comorbidade. Sabe quando que eu serei vacinado? Eu não sei”, disse Davi.

O vereador Léo Mendes (DC) entrou na discussão e afirmou que “é por isso que a gente tem que vir. Para adiantar”.

Davi, então, contra-argumentou e disse que não pode correr o risco de contrair a COVID-19 e se tornar um vetor da doença para a família.

“Mas pode estar na rua, no Jardim Esperança, sem máscara”, disse Jesus, interrompendo Davi.

O líder do governo negou a afirmação de Roberto e disse que não fica sem máscara, afirmando que é Jesus que não faz o uso do equipamento de proteção quando está na tribuna.

Suspensão das atividades

No dia 21 de maio, o presidente da Câmara, Miguel Alencar, suspendeu as atividades na Casa após cinco funcionários terem testado positivo para a COVID-19. A medida foi renovada duas vezes e está vigente até domingo (13).

As sessões presenciais foram mantidas, mas a maioria dos parlamentares não compareceram, fazendo com que os encontros de 25 de maio e 1º de junho fossem suspensos.

Na sessão desta terça, Alencar reforçou que estudos estão sendo feitas para que as sessões passem a ser no modelo híbrido (parcialmente virtual) após o recesso parlamentar, em agosto. Porém, disse que pode antecipar a medida se necessário for.

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