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CABO FRIO/ Charitas recebe espetáculo de dança e roda de conversa sobre “Masculinidades Possíveis” nesta quinta-feira (23)

Programação faz parte da comemoração do mês da Diversidade Sexual; interessados devem fazer a inscrição através de um formulário

Como parte da programação do Mês da Diversidade, Cabo Frio recebe, nesta quinta-feira (23), às 18h30, uma mostra do espetáculo “E se?”, na Casa de Cultura José de Dome, o Charitas. O evento é organizado pela Superintendência LGBTI+ e o espetáculo, produzido pela Torus Cia de Dança. Tendo como tema as “Masculinidades Possíveis”, a apresentação é seguida de uma roda de conversa que propõe um espaço de fala para reflexão sobre a masculinidade de forma plural.

Interessados em participar do encontro, devem preencher um formulário de inscrição. As vagas presenciais são limitadas, mas também haverá exibição virtual através do perfil do Facebook da prefeitura, ambos de forma gratuita.

Lembrado em setembro, o mês da Diversidade Sexual conta com uma programação que une atividades esportivas, culturais, sociais, além de debates sobre direitos da comunidade LGBTI+ e diversos serviços à população.

“Pretendemos com a mostra do espetáculo e a roda de conversa, repensar a masculinidade de forma plural, saindo dos padrões convencionais do que é ou não coisa de homem, queremos proporcionar um espaço de fala para refletirmos sobre, “papéis”, respeito e afeto. O objetivo da ação é conscientizar e fazer o participante acessar essas emoções”, diz o superintendente de Políticas Públicas LGBTI+, Pedro Rosa.

“E se?”

O espetáculo “E se?” é um questionamento inspirado em um poema do artista Criolo Mc “Sobre homens, mentiras, mas não só”. O texto, que faz uma denúncia ao patriarcado, está presente no espetáculo, no entanto o objetivo da obra é propor uma abertura para que essa denúncia possa ser feita de forma que ela não vá ao indivíduo diretamente, mas em toda camada social.

Para isso ele traz a atmosfera da escuta e da percepção. A proposta é criar um espaço de observação e, sobretudo, de acolhimento. “A intenção é que dentro desse espaço, através das cenas e da trilha musical, se consiga questionar a estrutura que nos formam como subjetividade. Tem a ver com a subjetividade de cada um, mas também como pertencentes a um sistema que existe antes mesmo da gente nascer. Então o espetáculo é sobre escuta e sobre denúncia à masculinidade hegemônica no tecido social”, conta Werlem Rodrigues, diretor da mostra.

A construção da obra começou em 2021, motivado pelo movimento “Chega de assédio na dança”, liderado por mulheres que passaram a denunciar situações de assédio vividas no meio.  A partir daí, alguns homens se reuniram pra entender qual era a queixa e qual era a parcela de responsabilidade dentro da comunidade da dança, para assim, encontrar soluções.

“O grupo de sete pessoas começou a discutir essa temática e ensaiar. Dentro da pesquisa de movimento a gente resolveu trabalhar danças que expressem mais um diálogo do que um discurso, como geralmente é a dança de salão, onde alguém conduz e outro segue o comando o tempo todo. A nossa pesquisa de movimentação foi buscar uma interação entre corpos que aconteça por forma de diálogo”, conta o dançarino.

A pesquisa que já tem dez meses, ainda não está concluída. A apresentação no Charitas, que traz os dançarinos Maria Antônia, Monique Otatti, Plácido Leite e Werlem Rodrigues, vai ser o primeiro contato dela com o público, o que dá início à segunda etapa de criação do espetáculo, então essa interação também vai fazer parte da criação da obra.

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