Nesta segunda-feira (7), têm início as audiências de instrução relacionadas ao processo que apura a morte do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond. De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, 11 testemunhas foram intimadas a depor, incluindo dois policiais. O crime ocorreu em maio de 2024 e ganhou notoriedade devido à suspeita de envenenamento por meio de um brigadeirão oferecido pela namorada da vítima, a psicóloga Júlia Andrade Cathermol Pimenta, de 29 anos, que está detida desde junho do ano passado.
Além de Júlia, Suyany Breschak, conhecida como Esmeralda, que era de Cabo Frio e realizava consultas espirituais para a psicóloga, também foi presa sob acusação de participação no crime. Durante as investigações conduzidas pela 25ª DP (Engenho Novo), o delegado Marcos Buss apontou Suyany como a possível mentora do assassinato.
Relembre o caso
Luiz Marcelo Antônio Ormond foi visto pela última vez em 17 de maio de 2024, quando câmeras de segurança registraram sua presença no elevador de seu prédio. Três dias depois, em 20 de maio, seu corpo foi encontrado em estado avançado de decomposição no apartamento onde residia com Júlia. Inicialmente, Júlia negou conhecimento sobre a morte, alegando que Luiz Marcelo apresentava sintomas como dores de cabeça e lentidão na fala, possivelmente devido ao uso de medicamentos para dormir. Após seu depoimento, foi emitido um mandado de prisão preventiva, e ela permaneceu foragida por 10 dias até se entregar em 28 de maio.
A investigação revelou que Luiz Marcelo foi envenenado com uma alta dosagem de medicamento controlado, conforme apontado pelo laudo de necropsia. Além disso, foi detectada a presença de achocolatado em seu estômago, associando a causa da morte ao brigadeirão preparado por Júlia.
De acordo com a polícia, Júlia e Suyany teriam conspirado para dividir os bens de Luiz Marcelo. Suyany aguardava o pagamento de uma dívida de R$ 600 mil por parte de Júlia, que já havia quitado R$ 200 mil. Os bens furtados e roubados de Luiz Marcelo, avaliados em mais de R$ 75 mil, foram destinados a Suyany. Além delas, Leandro Jean Rodrigues Cantanhede e Victor Ernesto de Souza Chaffin foram indiciados por receptação, acusados de receber e tentar negociar bens da vítima, incluindo um carro, duas pistolas, computadores, celular, ar-condicionado, 12 relógios e outras joias.
As audiências de instrução são etapas cruciais para o andamento do processo, permitindo que o juiz responsável avalie as provas e depoimentos apresentados, visando determinar a responsabilidade dos acusados no caso.
Pós-graduada em Jornalismo Investigativo pela Universidade Anhembi Morumbi; e graduada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida.
Atuou como produtora/repórter na Lagos TV, Coordenadora de Programação na InterTV - Afiliada da Rede Globo, apresentadora na Rádio Costa do Sol FM e editora no Blog Cutback. É repórter no Portal RC24h desde 2016 e coordenadora de reportagem desde 2023, além de ser repórter colaboradora no jornal O Dia/Meia Hora. Também é criadora de conteúdo para a Web 3.0 na Hive.
Vencedora do 3º Prêmio Prolagos de Jornalismo Ambiental, na categoria web.