01/07/2025 — 01:01
  (Horário de Brasília)

Vacinação contra Covid-19 em Maricá é interrompida nesta quinta (15) por falta de doses

Imunização será reiniciada logo que seja entregue nova remessa. Segunda dose está mantida

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O calendário de vacinação de primeira dose contra a Covid-19 por idade, em Maricá teve que ser interrompido nesta quinta-feira (15) em razão da quantidade insuficiente de remessas enviadas para a cidade. De acordo com a secretaria municipal de Saúde, a aplicação da segunda dose será mantida. As 1.990 doses recebidas nesta quarta (14), também destinadas à primeira dose, foram todas utilizadas. Ainda segundo o órgão, a vacinação será reiniciada logo que seja entregue uma quantidade compatível com a necessidade da população.

A subsecretária Solange Oliveira afirmou que a aplicação da segunda dose está mantida e garantida pelas reservas feitas pelo município, conforme as diretrizes do Plano Nacional de Imunização (PNI), mas reforçou que a continuidade da vacinação depende do recebimento das doses, fornecidas pelo Ministério da Saúde (MS) e distribuídas pela Secretaria Estadual de Saúde.

“Maricá vem conduzindo a campanha de vacinação contra a Covid-19 de forma criteriosa e responsável, seguindo as diretrizes do PNI e da Vigilância do Estado, sempre garantindo a vacinação completa, com duas doses, dos grupos inseridos no calendário. Finalizamos a vacinação dos profissionais de saúde e dos idosos, além dos trabalhadores dos grupos prioritários, como os das forças de segurança, professores, motoristas, aeroviários, comunicação, correios e bancários. Conseguimos avançar no calendário de idades e as pessoas sem comorbidades de 39 anos ou mais estão vacinadas. Mas tudo isso depende da chegada de uma quantidade suficiente, o que não vem ocorrendo ultimamente”, reforçou Solange.

Esta não é a primeira vez que a imunização é paralisada no município por causa da pouca quantidade de doses. Em abril, a aplicação também parou por três dias, também pelo mesmo motivo: remessa de doses incompatível com as necessidades da cidade. A origem do problema está no critério que o estado vem utilizando para estabelecer o quantitativo de doses. O PNI estabelece que as remessas sejam entregues às cidades de acordo com o critério demográfico e o estado, desde o início da vacinação, vem usando o Censo de 2010 do IBGE para definir quantas doses virão para os municípios. 

No caso de Maricá, a defasagem de onze anos vem inviabilizando uma maior aceleração da vacinação, já que o cálculo é feito sobre 124 mil habitantes, conforme o Censo. O IBGE, porém, já atualizou a população da cidade, passando para 164.500 habitantes no ano passado. Embora o município venha desde o início cobrando a atualização, até hoje esta ainda não aconteceu. 

Ludmila Lopes

Graduada em Jornalismo pela Universidade Veiga de Almeida. Já atuou como apresentadora na Jovem TV Notícias, em 2021. Escreve pelo Portal RC24h há 4 anos e atua, desde 2022, como repórter no Jornal Razão, de Santa Catarina. É autora publicada, com duas obras de romance e quase 1 milhão de acessos nas plataformas digitais.

Vencedora do 6º Prêmio Prolagos de Jornalismo Ambiental, na categoria web. Pós-graduanda em Assessoria de Imprensa, Jornalismo Estratégico e Gestão de Crises pela Universidade Castelo Branco (UCB).

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