Servidores da Prefeitura de Cabo Frio realizaram, pelo segundo dia consecutivo, uma manifestação na sede da Secretaria de Saúde do município, na manhã desta terça-feira (2). No ato, Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate à Endemias cobraram pagamentos retroativos de salário e taxa de insalubridade.
De acordo com Berriel, representante do SINTSAÚDERJ (Sindicato dos Trabalhadores no Combate às Endemias e Saúde Preventiva no Estado do Rio de Janeiro), os Agentes de Combate à Endemias (ACE) não receberam o piso salarial no valor de dois salários mínimos, que foi pago apenas aos Agentes Comunitários de Saúde (ACS). O sindicato afirma que o Governo Municipal já recebeu o retroativo para pagar a partir de maio, mas ainda não fez o repasse.
A taxa de insalubridade também está sendo discutida entre os servidores. Segundo o sindicato, ela está sendo feita em apenas 10% do valor do salário, enquanto deveria ser 20% do ganho.
A Secretária de Saúde Erika Borges recebeu representantes da categoria. Ela disse que se reuniria com o Prefeito José Bonifácio nesta quarta-feira (3) para dar uma resposta aos profissionais.
Os agentes participantes declararam greve até que a situação seja resolvida. Eles decidiram aguardar a resposta da pasta e pretendem se reunir novamente na quinta-feira (4), às 10h na frente da Prefeitura Municipal, caso necessário, irão fechar a ponte Feliciano Sodré.
Prefeitura emite nota
“A Prefeitura de Cabo Frio, por meio da Secretaria de Saúde, informa que recebeu representantes dos agentes comunitários de saúde (ACS) e agentes de combate a endemias (ACE) para ouvir as solicitações da classe, nesta terça-feira (02). Em relação aos vencimentos adequados ao piso nacional, a Secretaria de Saúde esclarece que o município recebeu o repasse de forma parcial sem previsão de isonomia, para a quitação dos valores com o piso atualizado para todos os servidores.
A gestão municipal reforça que os profissionais não ficaram sem os salários e que todas as tratativas que estão sob a responsabilidade municipal foram executadas. A Saúde reitera que o canal direto de comunicação entre a gestão e os agentes está aberto, priorizando a resolução das demandas que cabem à classe”.