O vice-prefeito de Cabo Frio e secretário da Cidade, Miguel Alencar, esteve nesta quinta-feira (30) no Centro de Visitação do Projeto Albatroz. Ele foi recepcionado pela fundadora e coordenadora geral do projeto, Tatiana Neves, e pela equipe técnica, composta por biólogos, engenheiros ambientais e monitores.
No encontro, foram apresentadas as estratégias de expansão do local, que fica no bairro Porto do Carro, além do projeto de criação do Centro de Reabilitação e Despetrolização de Aves e Animais Marinhos. O planejamento prevê a construção de um ambulatório, laboratório de análises clínicas, centro cirúrgico e um sistema de suporte à vida com piscinas de água salgada, entre outros mecanismos que garantam não apenas o cuidado com os animais resgatados, mas também a devolução deles, saudáveis, à natureza.
De acordo com a coordenadora Tatiana Neves, a escolha por Cabo Frio foi estratégica para o trabalho do Albatroz, que atua na região desde 2014. Além de Cabo Frio, o projeto tem bases nas cidades de Santos (SP), Itajaí e Florianópolis (SC) e Rio Grande (RS).
“A cidade é uma área pesqueira importante e rica do ponto de vista oceanográfico, sendo um dos locais onde os albatrozes mais se aproximam da costa, o que possibilita avistar essas aves pelágicas com mais facilidade do que em qualquer outra região do país. Somente entre maio de 2024 e o momento atual, foram resgatadas 36 aves voadoras em óbito e 105 vivas. Com o centro de reabilitação, podemos aumentar esse número”, explicou.
O vice-prefeito e secretário da Cidade, Miguel Alencar, ressaltou a importância do projeto, que também promove a conscientização ambiental.
“Sou um grande entusiasta da Laguna de Araruama, um ecossistema fundamental para toda a Região dos Lagos. Além de suas espécies nativas, a laguna atrai aves migratórias. Ter um centro de reabilitação de grande porte permitirá que um número cada vez maior de animais resgatados seja devolvido ao habitat natural”, enfatizou.
O Projeto Albatroz
O Projeto Albatroz nasceu em Santos, no litoral paulista, e desde 1990 trabalha pela conservação das espécies de albatrozes e petréis que se alimentam em águas brasileiras. Foi criado para disseminar a cultura oceânica e desenvolver atividades de educação ambiental marinha para crianças, jovens, educadores, pescadores e turistas de toda a Região dos Lagos.
O Centro de Visitação funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h. A entrada é gratuita para moradores das comunidades do entorno, mediante apresentação de comprovante de residência, além de idosos e crianças de zero a três anos.
