O Governo do Estado do Rio de Janeiro, por meio da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), realizou nesta quarta-feira (18) mais uma etapa da segunda fase da Operação Caminhos do Cobre, que tem como foco o combate à receptação de metais furtados e à lavagem de capitais. A Região dos Lagos está entre os alvos da ação, que também abrange a capital e a Baixada Fluminense.
As investigações apontam que o grupo criminoso movimentou mais de R$ 2,5 bilhões por meio de pessoas físicas e jurídicas interligadas, operando de forma coordenada para dar aparência lícita ao comércio clandestino de cobre e outros metais. A operação visa desarticular a estrutura econômica das organizações, apreendendo documentos, veículos, mídias, celulares e bens de alto valor, além de avançar nas responsabilizações penais.
Ao todo, 35 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em grandes recicladoras, residências de sócios e operadores financeiros, e estruturas de suporte logístico. Parte das empresas investigadas está regularmente registrada, mas atua de forma híbrida, conciliando atividades legais com a receptação de cabos furtados, especialmente de concessionárias de serviços públicos.
De acordo com a Polícia Civil, o esquema inclui empresas de fachada, criadas para simular movimentações financeiras, muitas delas sem funcionários e com dados fiscais incompatíveis com a atividade declarada. A investigação também identificou o uso de mecanismos para fracionar operações e ocultar a origem dos recursos.
“O diferencial da Caminhos do Cobre é justamente atacar toda a cadeia criminosa, desde o autor do furto até as empresas que lucram com esses crimes. O combate à lavagem de dinheiro é essencial para desarticular financeiramente essas organizações”, destacou o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi.
Desde o início da operação, em setembro de 2024, mais de 260 estabelecimentos foram fiscalizados e cerca de 90 pessoas presas em flagrante. Foram apreendidas aproximadamente 250 toneladas de fios de cobre e materiais pertencentes a concessionárias. Além disso, a Justiça autorizou o sequestro de bens de alto padrão ligados ao esquema, como cavalos de raça, imóveis e veículos de luxo.
A Operação Caminhos do Cobre é considerada uma das maiores ofensivas já realizadas pela Polícia Civil fluminense contra a infraestrutura financeira do crime patrimonial e continua com foco em ampliar o cerco às redes que lucram com o comércio ilegal de metais.
Pós-graduada em Jornalismo Investigativo pela Universidade Anhembi Morumbi; e graduada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida.
Atuou como produtora/repórter na Lagos TV, Coordenadora de Programação na InterTV - Afiliada da Rede Globo, apresentadora na Rádio Costa do Sol FM e editora no Blog Cutback. É repórter no Portal RC24h desde 2016 e coordenadora de reportagem desde 2023, além de ser repórter colaboradora no jornal O Dia/Meia Hora. Também é criadora de conteúdo para a Web 3.0 na Hive.
Vencedora do 3º Prêmio Prolagos de Jornalismo Ambiental, na categoria web.