Em razão de um protesto organizado por familiares do turista morto a pauladas na Praia do Forte, em Cabo Frio, no sábado de Carnaval, os barraqueiros e ambulantes vão suspender as atividades no local neste sábado (16). A decisão foi tomada em reunião com a Prefeita Magdala Furtado, que assinou um documento nesta quarta-feira (13), proibindo a instalação de qualquer tipo de equipamento (carrinhos, barracas etc.) na areia da praia em razão da manifestação prevista para o dia, em relação ao incidente que ocorreu levando o turista à óbito.
“Ficou decidido que, em respeito à dor dos familiares, vamos tratar o dia como se fosse de luto. Além disso, precisamos preservar nossa integridade física”, declarou um dos barraqueiros presentes na reunião.
A manifestação ocorre cerca de um mês após o crime. Rodrigo Canust Pereira, de 35 anos, foi brutalmente agredido a pauladas por barraqueiros que atuam na Praia do Forte, por conta de uma disputa por espaço na areia. O empresário era morador de Queimados, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, e estava passando o Carnaval na Região dos Lagos. Ele era dono de uma padaria na cidade. O crime causou enorme comoção, tanto em Cabo Frio, como na cidade de Queimados, onde Rodrigo era muito querido.
A manifestação, que deve começar por volta das 13h, contará com a participação de familiares e amigos da vítima. Conforme informações iniciais, a expectativa é que cinco ou seis ônibus tragam pessoas de Queimados para se unirem ao ato. A paralisação também ocorre pelo receio de conflitos entre manifestantes e os trabalhadores das barracas, agravando a situação.
Nas redes sociais, Rosangela Canust, mãe da vítima, pediu por justiça.
“Eu estou pedindo justiça para meu filho Rodrigo que essa morte não seja em vão ou para que outras não venha acontecer com esses barraqueiros achando que são donos da praia”.
Investigação em andamento
Três elementos foram presos em flagrante pelo crime e, de acordo com o delegado responsável pelas investigações, mais duas pessoas foram indiciadas e tiveram a prisão decretada, com base em provas e depoimentos de testemunhas.
A licença da barraca onde o crime aconteceu segue suspensa.