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CASO PESSANO / Polícia Civil investiga assassinato de trader em São Pedro da Aldeia; nenhuma linha está descartada

Imagens de câmeras de segurança da localidade serão utilizadas para ajudar na identificação de envolvidos no homicídio de Wesley Pessano na quarta-feira (4), no bairro São João

Policiais da 125ª DP, de São Pedro da Aldeia, investigam o assassinato de Wesley Pessano Santarém, trader de 19 anos que foi executado a tiros nesta quarta-feira (4), no Bairro São João. De acordo com o delegado titular da distrital, Milton Siqueira Junior, nenhuma linha de investigação foi descartada. No momento do crime, Wesley estava acompanhado de um amigo, eles seguiam para um salão de cabelereiro, onde o investidor cortava o cabelo. O homicídio aconteceu por volta das 16h40, na Rua Marechal Castelo Branco.

Pessano morreu dentro do próprio carro, um Porshe Boxster, ano 2017, avaliado em cerca de R$480 mil, atingido por, pelo menos, quatro disparos de arma de fogo. O amigo dele também foi baleado no braço e costela. Ele foi socorrido e está internado em uma unidade de saúde de Araruama. A princípio, apenas um cordão de Wesley foi subtraído.

“As linhas de investigação dependem de vários fatos, das circunstâncias. Ainda falta a oitiva da testemunha, a pessoa que presenciou o fato, foi alvejada e sobreviveu. Ainda não tenho nada concluído. Não sabemos se ele devia alguém, se ele estava envolvido com algo. O que é fato: ele estava com um carro de luxo e com um cordão de ouro. Se alguém foi para matá-lo, eles aproveitaram o levaram o cordão de ouro que estava no pescoço da vítima”, afirmou o delegado responsável pelo caso.

Informações extraoficiais dão conta ainda de que o assassinato pode ter sido encomendado por conta das transações de criptomoedas. Seguidores do trader contaram que, a pouco tempo atrás, Wesley Pessano afirmou que concorrentes do ramo de bitcoin chegaram a oferecer R$ 5 milhões pela carteira de clientes da Ares Consultoria e Investimentos, empresa o qual era sócio, e ele negou a venda.

Uma outra linha de investigação que deve ser seguida pela polícia é a de que Wesley foi morto por engano. Recentemente, um homem, dono de um Chevrolet Camaro, também de cor vermelha, que é considerado carro de luxo, se envolveu em uma briga em um depósito nas proximidades do crime e foi “jurado de morte”, contou uma pessoa que preferiu não se identificar.

A perícia foi realizada no local e testemunhas estão sendo ouvidas, de acordo com a Polícia Civil. Os agentes também requisitaram imagens de câmeras de segurança instaladas na localidade para identificar os suspeitos e esclarecer o crime.

Ainda de acordo com o delegado Milton Siqueira, todos os sócios da Ares serão intimados a prestarem depoimento na 125 DP.

Wesley era natural do Rio Grande do Sul e mudou para Cabo Frio há cerca de um ano. Um irmão do investidor veio até a Região dos Lagos, da cidade de Navegantes, em Santa Catarina, para fazer a liberação do corpo. A família quer que o jovem seja enterrado na região Sul.

EMPRESA DE INVESTIMENTOS EMITE NOTA SOBRE MORTE DO SÓCIO

A empresa Ares Consultoria e Investimentos, a qual Wesley Pessano era sócio e principal trader, emitiu uma nota de pesar. O veículo de luxo em que ele foi assassinado, um Porshe Boxster, ano 2017, de cor vermelha, está registrado no nome da consultora.

“É com enorme pesar que a Ares Consultoria e Investimentos vem por meio desta nota oficial comunicar o falecimento do seu principal trader e sócio Wesley Pessano. Estamos todos muito abalados com o acontecimento e prestamos nossas condolências, principalmente aos familiares e amigos mais próximos. Queremos também acalentar todos os nossos clientes, informando que prosseguiremos com nossas atividades normais, após passar desse momento difícil. Nos ausentamos das mídias e dos meios de comunicação, pelo menos até a despedida de nosso amado sócio e amigo”, postou a empresa em uma rede social.

EMPRESÁRIOS DO RAMO DE CRIPTOMOEDAS NA MIRA DE CRIMINOSOS

Somente em 2021, três empresários do ramo de criptomoedas foram vítimas de atentados na Região dos Lagos.

No dia 20 de março deste ano, um empresário do ramo de criptomoedas, identificado como Nilson Alves, foi vítima de uma tentativa de homicídio em plena luz do dia em Cabo Frio. Por volta das 12h, ele foi atingido por disparos de arma de fogo quando estava parado em um semáforo no cruzamento da Avenida Teixeira e Souza com a rua Maestro Braz Guimarães, no bairro Braga. Na época, ele foi socorrido em estado grave de saúde. Mesmo após ter alta, o empresário permaneceu com sequelas. Nenhum objeto foi roubado e os criminosos fugiram logo em seguida.

Já no dia 10 de junho, também um Cabo Frio, um outro empresário do ramo foi alvo de criminosos. O trader, apontado como um dos sócios da Black Warrior Corporation (BW) – empresa que prometia lucros de 30% por mês sobre investimentos – teve o carro fuzilado na Rua Durval Filho, no bairro Jardim Esperança. Os tiros foram efetuados na direção do banco do carona. O empresário não estava no veículo no momento do crime. Quem dirigia o automóvel era o motorista, que não sofreu ferimentos devido à blindagem do carro.

No mês seguinte, em julho, a BW esteve envolvida em um escândalo, acusada de aplicar golpe nos investidores, após descumprir o contrato e reduzir o lucro para 15 e 10%, respectivamente. Logo depois, os sócios anunciaram o fim das operações, lesando os clientes.

Em Araruama, dois homens foram presos no dia 22 de julho, após planejarem o sequestro de um empresário do ramo de bitcoins. A dupla, que é oriunda do Rio de Janeiro, foi frustrada pela Polícia Militar, quando seguia para cometer o crime, no bairro Iguabinha.

Coordenadora de Reportagem na Portal RC24h | Site do(a) autor(a)

Pós-graduada em Jornalismo Investigativo pela Universidade Anhembi Morumbi; e graduada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida.

Atuou como produtora/repórter na Lagos TV, Coordenadora de Programação na InterTV - Afiliada da Rede Globo, apresentadora na Rádio Costa do Sol FM e editora no Blog Cutback. É repórter no Portal RC24h desde 2016 e coordenadora de reportagem desde 2023, além de ser repórter colaboradora no jornal O Dia/Meia Hora.

Vencedora do 3º Prêmio Prolagos de Jornalismo Ambiental, na categoria web.

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