Uma família foi feita refém por bandidos e mantida em cárcere privado na Praia do Farol, próximo a base da Petrobras da Praia Campista, em Macaé, neste domingo (22). Segundo a PM, cinco adultos e uma criança foram obrigados a permanecerem sentados debaixo de uma árvore e com as mãos entrelaçadas as pernas.
O sequestro ocorreu após um dos membros da família ser reconhecido por integrantes de uma facção criminosa que domina o tráfico de drogas no Morro do Carvão. J.M.F., 24 anos, informou à polícia que já havia feito parte do tráfico de drogas no Lagomar, onde a família reside, e que havia ido à praia com a namorada, a mãe, um casal de amigos e uma menor, de oito anos, quando foi visto por um primo, que avisou aos comparsas de facção sobre a presença dele no local.
De acordo com a ocorrência, cerca de 20 homens armados faziam a “contenção” em vários pontos próximo a Petrobras e ao Farol, enquanto criminosos falavam com o chefe do tráfico, que se encontra dentro de um presídio, esperando autorização para execução dos reféns. “A ordem era para executar as seis pessoas ao fim do dia, quando escurecesse”, contou um policial.
A PM foi acionada através do 190 por banhistas que presenciaram a situação. Após incursionarem o local pela areia por mais de um quilômetro, os militares conseguiram resgatar a família. Os criminosos conseguiram fugir, mas a polícia solicitou reforço do Grupamento de Ações Táticas (GAT), que conseguiu prender dois dos envolvidos no sequestro no Morro do Carvão.
J.S.A. de 18 anos A.S.R. de 23 anos, estavam junto ao grupo da facção criminosa no momento do sequestro e foram capturados na Rua Niobel Sardinha, segundo a polícia. Os criminosos foram levados para a Central de Flagrantes da 128ª Delegacia Policial de Rio das Ostras (128ª DP), onde foram autuados e ficaram presos, aguardando transferência para o sistema carcerário. Ainda de acordo com a PM, J.M.F., uma das vítimas do sequestro, possui anotação criminal por tráfico de drogas e homicídio, tendo envolvimento no tráfico de drogas da Comunidade do Lagomar. As vítimas do sequestro não precisaram de atendimento médico e passam bem.