17/07/2025 — 13:03
  (Horário de Brasília)

PF combate fraudes ao INSS que causaram prejuízo de mais de R$ 30 milhões; mandados são cumpridos em Búzios e Cabo Frio

Operação Fraus identificou grupo criminoso que atuava há mais de 10 anos burlando concessões do BPC/LOAS com apoio de servidores públicos e gerentes bancários; investigações apontam envolvimento de profissionais da Região dos Lagos

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A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (17) a Operação Fraus, que investiga um esquema de fraudes contra o INSS com atuação há mais de 10 anos. A ação teve como foco o cumprimento de mandados de busca e apreensão em diversas cidades do estado do Rio, incluindo Armação dos Búzios e Cabo Frio.

Segundo a PF, o grupo criminoso é suspeito de causar um prejuízo superior a R$ 30 milhões aos cofres públicos, por meio da formalização de centenas de requerimentos fraudulentos do Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS). Apenas nos últimos seis meses analisados, foram identificados 415 benefícios indevidos, que somaram R$ 1,6 milhão em prejuízos.

A investigação revelou que a organização era composta por servidores públicos, gerentes bancários, gráficos e correspondentes bancários, que atuavam de forma articulada. O grupo usava acessos indevidos a plataformas como o Meu INSS para obter dados de terceiros e dar entrada nos benefícios fraudulentos.

Um dos principais alvos da operação é conhecido como “Professor” ou “Rei do Benefício”, por ensinar outros integrantes a cometer as fraudes. De acordo com a PF, a produção dos requerimentos era tão intensa que, em muitos casos, o grupo não conseguia sequer abrir todas as contas bancárias vinculadas, o que levava à suspensão dos pagamentos.

As investigações tiveram início após relatório do Núcleo Regional de Inteligência Previdenciária e Trabalhista, vinculado ao Ministério da Previdência Social, que apontou irregularidades em benefícios concedidos na Agência da Previdência Social de Arraial do Cabo.

Os investigados poderão responder por estelionato previdenciário, corrupção ativa, organização criminosa e lavagem de dinheiro. A PF segue com o aprofundamento das apurações.

MTb 0022570/MG | Coordenadora de Reportagem  Site do(a) autor(a)

Pós-graduada em Jornalismo Investigativo pela Universidade Anhembi Morumbi; e graduada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida.

Atuou como produtora/repórter na Lagos TV, Coordenadora de Programação na InterTV - Afiliada da Rede Globo, apresentadora na Rádio Costa do Sol FM e editora no Blog Cutback. É repórter no Portal RC24h desde 2016 e coordenadora de reportagem desde 2023, além de ser repórter colaboradora no jornal O Dia/Meia Hora. Também é criadora de conteúdo para a Web 3.0 na Hive.

Vencedora do 3º Prêmio Prolagos de Jornalismo Ambiental, na categoria web.

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