O acidente que causou a morte de João Victor, de 19 anos, durante a Expo Petrópolis, na madrugada deste sábado (3), expôs um histórico de negligência envolvendo o parque de diversões Crazy Park, responsável pelo brinquedo “Expresso do Amor”, de onde o jovem foi arremessado. Outras duas mulheres também ficaram feridas, mas receberam alta médica após atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Itaipava.
A tragédia aconteceu no Parque Municipal Prefeito Paulo Rattes, em Itaipava, onde o parque estava instalado temporariamente. De acordo com testemunhas, João Victor foi arremessado violentamente para fora do brinquedo ainda em funcionamento, causando pânico entre os presentes. A Polícia Civil realizou perícia no local nas primeiras horas do dia para apurar se houve falha mecânica, negligência técnica ou omissão nos protocolos de segurança.
Após o acidente, a Prefeitura de Petrópolis cassou imediatamente o alvará de funcionamento do parque e interditou todas as suas atividades.
Esta não foi a primeira vez que o Crazy Park se envolveu em denúncias e autuações. Em janeiro deste ano, enquanto operava em Cabo Frio, o parque foi alvo de uma vistoria da Defesa Civil, da Secretaria de Posturas e da Comissão de Direitos Humanos da 20ª Subseção da OAB/RJ, motivada por denúncias de usuários nas redes sociais sobre precariedade nos equipamentos de segurança.

Durante a inspeção, o brinquedo “Torre” foi interditado pelo Corpo de Bombeiros devido a falhas nos cintos de segurança. Além disso, imagens feitas por denunciantes mostraram brinquedos sendo sustentados por tijolos — o que reforçou as suspeitas sobre a falta de manutenção adequada. O parque chegou a ser multado e teve equipamentos embargados por condições precárias. Os responsáveis afirmaram ter adquirido novos itens de segurança, mas o brinquedo interditado só poderia voltar a funcionar mediante novo laudo técnico, que não havia sido emitido à época.
A Comissão de Direitos Humanos da OAB destacou a importância da fiscalização constante e do cumprimento rigoroso das normas de segurança. “Nosso objetivo é prevenir acidentes e garantir condições adequadas de funcionamento dos equipamentos”, declarou um representante da comissão.
Pós-graduada em Jornalismo Investigativo pela Universidade Anhembi Morumbi; e graduada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida.
Atuou como produtora/repórter na Lagos TV, Coordenadora de Programação na InterTV - Afiliada da Rede Globo, apresentadora na Rádio Costa do Sol FM e editora no Blog Cutback. É repórter no Portal RC24h desde 2016 e coordenadora de reportagem desde 2023, além de ser repórter colaboradora no jornal O Dia/Meia Hora. Também é criadora de conteúdo para a Web 3.0 na Hive.
Vencedora do 3º Prêmio Prolagos de Jornalismo Ambiental, na categoria web.