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“Não consigo levar minha neta para brincar nas praças”, diz avô de Cabo Frio

Dentre 92 locais de recreação infantil, o desafio é encontrar dois que não estejam em condições deploráveis, conforme dizem munícipes

“Não consigo levar minha neta para brincar em praças de Cabo Frio”, reclamou um aposentado da cidade. O relato, que acontece com bastante frequência, representa um pedido de ajuda dos pais e responsáveis pelas crianças cabo-frienses. Dentre as 92 praças e locais de recreação infantil na cidade, o desafio é encontrar uma que não esteja em condições deploráveis.

A denúncia da vez é sobre a Praça Ayrton Senna, no Parque Central. Conhecida como “praça do Senninha”, o local, que, mesmo perigoso para crianças, já que há muito não vê qualquer revitalização, ainda é bastante frequentado. “Dentre as poucas opções, é uma das que ainda têm brinquedos”, pontuou o avô que fez o relato inicial.

O homem, que tem uma neta de dois anos, deixa, por muitas das vezes, de levá-la para o local recreativo, onde poderia se divertir com outras crianças, pela falta de investimento por parte da Prefeitura, segundo enfatiza. Em registros, ele aponta cadeiras de pedra quebradas, cercas danificadas – com pontas cortantes para cima -, falta de grama sintética e muito mais.

Outro local que também já foi muito frequentado pelo público infantil cabo-friense é a pracinha de São Cristóvão. Balanço, gangorra, escorrega, trepa-trepa. Das várias opções, lá, sobrou apenas areia – nem grama sintética. A situação revolta quem tem filhos pequenos, como é o caso da mãe da criança de dois anos que, assim como o avô, denuncia a degradação da localidade. “Ali, pelo menos os gatos podem aproveitar para fazer suas necessidades”, ironizou uma mãe, que reafirma a denúncia feita pelo avô.

A comparação entre imagens antigas e atuais é estarrecedora. “Não parece o mesmo lugar. Pelo visto, uma das prioridades deste governo não é o lazer infantil”, conclui a mulher.

O problema na pracinha de São Cristóvão foi comunicado à prefeitura de Cabo Frio em 2021. Em nota, na época, o município informou que “devido às condições orçamentárias da cidade, não está prevista a reconstrução do espaço”. Neste ano, sobre a Praça Ayrton Senna, o discurso foi outro.

“A prefeitura de Cabo Frio informa que está em busca de parcerias com o governo do estado e a iniciativa privada para a revitalização da praças do município. As Secretarias Municipais de Obras e Serviços Públicos e de Planejamento e Desenvolvimento estão elaborando os projetos de reforma desses espaços, o que inclui Praça Ayrton Senna, no Parque Central. Devido à necessidade de parcerias, para a efetivação dos projetos, os mesmos ainda não possuem prazo para a concretização”.

Entretanto, uma das dúvidas da população é que o orçamento anual de Cabo Frio é de R$ 1,2 bilhão, podendo chegar a R$ 1,4 bi. “Não sobra quantia alguma para a revitalização das praças? É realmente necessária a parceria com iniciativas privadas?”, os denunciantes levantam a questão.

Por ora, cabe a essa mãe e avô – dentre outros responsáveis por crianças cabo-frienses – procurarem outro tipo de lazer para a criança. Ao que tudo indica, o problema, que não é atual, será adiado, assim como foi em 2021.

Graduada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida e pós-graduanda em Assessoria de Imprensa, Jornalismo Estratégico e Gestão de Crises pela Universidade Castelo Branco.

Já atuou como apresentadora na Jovem TV Notícias, em 2021. Escreve pelo Portal RC24h há três anos e atua, desde julho de 2022, como repórter do Jornal Razão, de Santa Catarina.

É autora publicada, com duas obras de romance e mais de 500 mil acessos nas plataformas digitais.

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