O Ministério Público Federal (MPF) constatou nesta terça-feira (21), após vistoria no mangue Parque das Garças, em Cabo Frio, sinais claros de poluição na Lagoa de Araruama, como manchas escuras e brancas, resíduos gasosos, mau odor, morte de peixes e camarões, proliferação de algas, entre outros.
Recentemente o MPF havia questionado a Prolagos e O INEA em relação ao estado do mangue. De um lado, a concessionária afirmou ter constatado “a absoluta normalidade na operação do sistema e nível baixo no poço de sucção da EEE Porto do Carro”. De outro, em coleta de amostras no local, o MPF identificou que havia violações dos padrões legais relacionados, sobretudo, à poluição decorrente do lançamento de esgoto sanitário sem tratamento, com destaque para a Escherichia coli, bactéria que causa, entre outras doenças, diarreia e infecção urinária.
Diante disto, o Procurador da República, Leandro Mitidieri Figueiredo, mediante despacho, expediu novos ofícios à empresa Prolagos, ao INEA e a prefeitura de Cabo Frio para que se manifestem sobre as novas evidências de poluição causada pelo despejo irregular de efluentes de esgoto na Lagoa de Araruama, mais precisamente em área próxima ao Centro de Aves Albatroz, ao lado do Parque das Garças, que fica localizado no bairro Porto do Carro.
Procurada, a prefeitura de Cabo Frio alegou que “todas as redes de drenagem que deságuam no ponto citado são captadas pela Prolagos, sendo qualquer vazamento ocasionado por falha no sistema da concessionária. O município realiza vistorias frequentes em todos os pontos de deságue e caixas interceptoras de esgoto naquela região, sendo a Prolagos notificada todas as vezes em que é encontrado qualquer tipo de problema”.
A Prolagos, por sua vez, disse ao Portal “que recebeu o documento nesta sexta-feira (24) e responderá aos questionamentos oportunamente”.
