O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro denunciou Glaidson Acácio dos Santos, sua mulher Mirelis Zerpa e mais três integrantes de sua quadrilha por lavagem de dinheiro, organização criminosa, falsidade ideológica e uso de documentos falsos.
A denúncia, que é a terceira contra o ‘Faraó dos Bitcoins’ na Justiça Federal, foi apresentada à 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro no fim de setembro.
Além disso, Glaidson ainda é acusado de homicídio e tentativa de homicídio em ações na Justiça estadual.
Glaidson está preso no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio. Ele chegou a se candidatar a deputado federal nas eleições deste ano. Mesmo na cadeia, ele obteve 37 mil votos.
Os outros denunciados são:
- Mirelis Zerpa, mulher de Glaidson
- Ricardo Rodrigues Gomes, conhecido como Piloto
- Brynne Ghisoni Gomes, filha de Piloto
- Daniel Aleixo Guimarães, conhecido como Danny boy
Todos os quatros estão foragidos. A Polícia Federal tem informações de que Mirelis, Piloto e Brynne estão nos Estados Unidos.
Piloto e sua filha tem cidadania americana. Já Mirelis tem um visto de estudante para um curso na Atlantis University, em Miami, nos Estados Unidos.
De acordo com a denúncia feita pelos procuradores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPF, entre 19 de março de 2021 e 25 de agosto de 2021, Glaidson, Mirelis, Piloto e Brynne agiram como uma organização criminosa ocultando e dissimulando a origem e a localização de bens adquiridos pelo grupo.
Segundo o MPF, pelo menos, R$ 9,3 milhões foram enviados ao Brasil de forma irregular. Além de adquirir um avião, de 19 lugares, no valor de R$ 3,9 milhões, em junho de 2021.
Para os procuradores do MPF, Ricardo Piloto; sua filha, Brynne e Danny Boy atuavam como operadores de Glaidson e de Mirelis. Piloto e Brynne cuidariam da parte financeira nos Estados Unidos, enquanto, Danny Boy seria uma espécie de “segurança” da quadrilha.
Mirelis chegou a sacar R$ 1 bilhão dos Estados Unidos, mesmo após a prisão de Glaidson. Para a PF e MPF, ela comanda a quadrilha do exterior.
As investigações da Polícia Federal, do MPF e da Receita Federal descobriram que a organização criminosa que teve sua origem em Cabo Frio expandiu seus negócios em outras cidades do Rio de Janeiro e em mais 11 estados do país e no Distrito Federal.
Também se descobriu a atividades do grupo nos Estados Unidos, Reino Unido (Londres), Portugal (Lisboa), Uruguai, Colômbia, Paraguai e Emirados Árabes (Dubai).
*Com informações do G1 Rio de Janeiro