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quinta-feira, setembro 26, 2024
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Justiça suspende greve dos servidores da educação em Cabo Frio, mas sindicato aguarda notificação

Paralisação foi iniciada nesta quinta (26) contra a terceirização da merenda escolar e outras medidas; decisão judicial exige retorno imediato ao trabalho

Após o início da greve por tempo indeterminado contra a terceirização da merenda escolar e uma série de medidas na educação pública de Cabo Frio nesta quinta-feira (26), a prefeitura emitiu uma nota, no meio da tarde, informando que a paralisação foi suspensa pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro e que “os servidores devem retornar ao trabalho imediatamente”.

Para marcar o início da paralisação, os profissionais da educação realizaram, pela manhã, um ato público em frente à Prefeitura Municipal. Em seguida, fizeram uma caminhada até a Câmara Municipal, onde representantes do Sepe Lagos, Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação na Região dos Lagos, fizeram um protesto silencioso, virando as costas durante a fala do líder do governo da prefeita Magdala Furtado (PV) e candidato a vice dela, Léo Mendes (MDB).

A reunião tratou da terceirização da merenda escolar na rede municipal, que foi o principal motivo da greve anunciada pela categoria. A ata assinada pela prefeita Magdala Furtado, transfere a responsabilidade pela alimentação dos alunos para uma empresa desconhecida, proibindo funcionários de comer nas escolas e colocando em risco o emprego de servidores contratados. O valor do gasto com a alimentação, que antes era de cerca de R$ 8 milhões, vai saltar para quase R$ 50 milhões, caso isso se concretize.

Os trabalhadores da educação denunciam que a terceirização da merenda representa um risco à qualidade da alimentação oferecida aos alunos, além de precarizar as condições de trabalho dos cozinheiros. “Uma empresa de fora do estado, sem histórico conhecido, vai assumir as cozinhas das escolas, explorando mão de obra e fornecendo alimentos de baixa qualidade”, afirma um dos professores.

Além da suspensão da terceirização, os grevistas também reivindicam reajuste salarial, plano de carreira unificado e melhores condições de trabalho nas escolas. Segundo os servidores, há dois anos sem reajuste e diversos problemas infra estruturais nas unidades escolares.

Sobre a suspensão imediata da greve, a prefeitura informou que “em cumprimento à decisão judicial proferida pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, foi determinada a imediata interrupção da greve dos profissionais da educação agendada para o dia 26 de setembro de 2024. Os servidores devem retornar ao trabalho imediatamente. A Prefeitura reforça seu compromisso com a legalidade e com a manutenção dos serviços públicos essenciais, visando sempre o melhor atendimento à população e a garantia dos direitos dos servidores, dentro dos limites estabelecidos pela Justiça“.

Já o Sepe Lagos, ao ser questionado, respondeu que não recebeu qualquer notificação, portanto, seguirá aguardando.

Ludmila Lopes

Graduada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida.

Já atuou como apresentadora na Jovem TV Notícias, em 2021. Escreve pelo Portal RC24h há três anos e atua, desde julho de 2022, como repórter do Jornal Razão, de Santa Catarina.

É autora publicada, com duas obras de romance e mais de 500 mil acessos nas plataformas digitais.

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