O Grupo Iguais, organização não governamental que atua na defesa dos direitos da comunidade LGBTI+, se manifestou publicamente mais uma vez sobre o assassinato de Felipe Prado, conhecido como Pepi, em Cabo Frio. Embora as investigações tenham apontado que o crime não se trata de homofobia, o grupo reiterou sua posição contra toda e qualquer forma de violência motivada por diferenças, seja ela por orientação sexual, identidade de gênero, raça, religião ou outras.
Foi destacado, ainda, que a resolução do caso não muda o fato de que a violência contra a comunidade LGBTI+ ainda é uma realidade e que é preciso continuar lutando contra a discriminação e a intolerância.
Nesta sexta-feira (17), informações apontam que o suspeito de matar Pepi teria sido assassinado, mas o fato não foi confirmado pelas autoridades. Sobre isso, o grupo ressaltou que a justiça deve ser aplicada por autoridades competentes, de forma responsável, imparcial e em conformidade com os princípios legais.
Como forma de prevenção, o Grupo Iguais estará produzindo um material informativo com o tema “Não Leve o Inimigo pra Casa”, visando evitar a violência LGBTIfóbica. O alerta terá onze dicas de segurança que serão divulgadas em eventos LGBTI+ e em pontos de concentração da comunidade.
CONFIRA NOTA NA ÍNTEGRA:
“O Grupo Iguais, organização não governamental que atua na defesa dos direitos da comunidade LGBTI+, vem a público se manifestar a respeito do crime cometido contra Felipe Prado. Embora as investigações tenham apontado que o crime não se trata de homofobia, reiteramos nossa posição contra toda e qualquer forma de violência motivada por diferenças, seja ela por orientação sexual, identidade de gênero, raça, religião ou outras.
Nesse sentido, é importante ressaltar que a resolução do caso não muda o fato de que a violência contra a comunidade LGBTI+ ainda é uma realidade, e que precisamos continuar lutando contra a discriminação e a intolerância. É responsabilidade do Estado garantir a segurança e a proteção da comunidade LGBTI+, e é preciso que as autoridades estejam atentas e comprometidas em combater a violência e em promover a igualdade de direitos para todos.
Quanto ao assassinato da pessoa apontada como autora do crime, é preciso lembrar que a justiça deve ser aplicada por autoridades competentes, de forma responsável, de maneira imparcial e em conformidade com os princípios legais.
Como forma de prevenção, o Grupo Iguais estará produzindo um material informativo com o tema “Não Leve o Inimigo pra Casa”, visando evitar a violência LGBTIfóbica. O alerta contém onze dicas de segurança que serão divulgadas em eventos LGBTI+ e em pontos de concentração da comunidade. Acreditamos que a prevenção é uma das formas mais eficazes de combater a violência e de garantir a segurança da comunidade.
O Grupo Iguais reafirma seu compromisso com a luta contra a violência e a discriminação em todas as suas formas, e ressalta a importância da garantia de segurança da comunidade LGBTI+ pelo Estado. Nos solidarizamos com a família e amigos de Felipe Prado neste momento difícil”.
ENTENDA O CRIME
Felipe Prado, conhecido como Pepi, foi encontrado morto em sua casa no bairro Porto do Carro, em Cabo Frio, na última quarta-feira (15), com golpes de faca no pescoço. A Polícia Civil afirmou que se tratou de um latrocínio, roubo seguido de morte, já que vários itens da casa dele foram levados.
Nesta sexta-feira (17), mensagens em grupos de Whatsapp circularam apontando que o autor do crime, identificado como Everaldo Júnior de Oliveira Paiva, de 18 anos, teria sido morto e esquartejado. A informação ainda não foi confirmada pela polícia.
Na quinta-feira (16), a Polícia Civil já havia identificado Everaldo e solicitado sua prisão preventiva. Nos bairros Porto do Carro e Boca do Mato, onde Pepi era muito querido, fogos de artifício foram disparados em comemoração.
Felipe Prado completaria 39 anos nesta sexta-feira (17). Moradores e amigos do influenciador digital vão prestar uma homenagem a ele na praça do bairro Boca do Mato, em Cabo Frio, onde ele era muito querido. O ato está marcado para às 18h.
O caso segue sendo investigado pela polícia, e a comunidade LGBTI+ continua pedindo por justiça e por medidas de prevenção contra a violência motivada por diferenças. O Grupo Iguais reafirma seu compromisso com a luta contra a violência e a discriminação em todas as suas formas.
Ludmila Lopes
Graduada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida.
Já atuou como apresentadora na Jovem TV Notícias, em 2021. Escreve pelo Portal RC24h há três anos e atua, desde julho de 2022, como repórter do Jornal Razão, de Santa Catarina.
É autora publicada, com duas obras de romance e mais de 500 mil acessos nas plataformas digitais.
