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24/11/2024 — 16:02
  (Horário de Brasília)

Família acusa UPA de Iguaba Grande de negligência após morte de jovem de 22 anos

Bruna Terra Lobo recebeu o primeiro atendimento na segunda-feira (1), mas piorou gradativamente. Após diversas consultas, na sexta (5), durante uma tentativa de transferência para Volta Redonda, ela morreu. Confira o posicionamento da prefeitura

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A morte de Bruna Terra Lobo, de 22 anos, após uma série de atendimentos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Iguaba Grande na última semana gerou grande repercussão nas redes sociais. A família acusa o hospital de “negligência” durante o atendimento com a jovem, que teve a primeira consulta na segunda (1) e morreu no sexta (5).

O caso gerou grande comoção nas redes sociais, principalmente após a mãe de Bruna publicar um relato emocionado no Instagram, que rapidamente viralizou. Ela explicou que a a filha buscou atendimento inicialmente por conta de uma dor de garganta. Contudo, dada a falta de melhora, voltou na quinta-feira (4).

“[Ela] retornou na mesma unidade de saúde pela manhã. Depois de quase duas horas aguardando atendimento, foi atendida. [Apresentava] tosse, cansaço e vômito. Foi receitado mais remédios sem terem feito qualquer exame”, compartilhou.

“À noite precisou retornar, pois havia piorado. Pedimos um atendimento com urgência, pois continuava vomitando e os batimentos cardíacos [estavam] muito altos. Passando pela triagem, o enfermeiro, com sua má vontade, não conseguiu aferir os batimentos cardíacos da minha filha e disse para o pai que caso igual ao dela tinham vários”, complementou.

Com isso, apesar da fraqueza, Bruna voltou para casa, mas precisou retornar ao hospital na manhã de sexta-feira (5). A mãe alega que, desta vez, a filha, que recebeu prioridade no atendimento, foi bem atendida, porém “foi tarde demais, pois o quadro dela evoluiu muito rápido”. Com saturação caindo e batimentos diminuindo, a jovem precisou ser entubada.

“Que sofrimento ver minha linda princesa nessa situação, precisando de uma vaga de transferência para uma UTI. Muitos amigos fizeram de tudo para conseguir um hospital que tivesse vaga e aceitasse recebê-la”, conta a mãe, que fez questão de enfatizar, no início do relato, que “perdeu uma filha, joia preciosa, no auge de sua linda juventude”.

Por volta das 22h, foi disponibilizada uma vaga para Bruna em Volta Redonda, entretanto, Bruna não resistiu e morreu no caminho. “Infelizmente não conseguimos chegar ao hospital, no trajeto ela morreu”, conta a mãe.

“E eu me pergunto: ‘quanto vale uma vida?’ ‘Será que tem preço?’ ‘E essa dor que vou ter que carregar pelo resto da minha vida?’ Sei que o consolo vem do nosso Deus! Agradeço aos familiares e amigos pelo carinho com a minha linda menina! Filha amada, eu te amo para todo o sempre”, finaliza, emocionada, destacando que Bruna estava apenas começando a vida.

Diante da grande repercussão do caso, a prefeitura de Iguaba Grande divulgou uma nota nas redes sociais lamentando o óbito de Bruna e afirmando que uma sindicância administrativa foi instaurada para apurar as responsabilidades.

Em resposta à nota da prefeitura, a família publicou nas redes sociais:

“Família TERRA CLAMA POR JUSTIÇA! QUEREMOS RESPOSTAS! A população merece uma saúde de qualidade! BASTA DE DESCASO NA SAÚDE! Precisamos de PROFISSIONAL QUALIFICADO E NÃO DE INDICAÇÃO DE POLÍTICOS PARA PREENCHER LACUNAS.
NÃO VAMOS NOS CALAR”.

O RC24h entrou em contato com a Secretária de Saúde da cidade, Carla Valle, que reforçou o posicionamento da prefeitura, pontuando que “assim que o município tiver um resultado da sindicância, uma atitude será tomada”. Contudo, confirmou o fato de que a administração da UPA foi modificada, mas que “esta já era uma mudança prevista”.

Agora, a unidade está sob a direção de William Martins, mais conhecido como Zezé.

Ludmila Lopes

Graduada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida.

Já atuou como apresentadora na Jovem TV Notícias, em 2021. Escreve pelo Portal RC24h há três anos e atua, desde julho de 2022, como repórter do Jornal Razão, de Santa Catarina.

É autora publicada, com duas obras de romance e mais de 500 mil acessos nas plataformas digitais.

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